RO, Sexta-feira, 20 de junho de 2025, às 1:45







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Fotógrafo Rosinaldo Machado é cidadão honorário de Porto Velho

PORTO VELHO – O repórter fotográfico Rosinaldo Machado, 70 anos, recebeu sexta-feira à tarde o título de Cidadão Honorário de Porto Velho, em ato solene da Câmara Municipal realizado na sede do Instituto Federal na sede da Avenida Calama. O título aprovado pelo Decreto nº 543, em 26 de novembro de 2020, foi entregue pelo proponente, vereador Alex Palitot.

Quando nem o Incra ou o Governo do Território definiam exatamente a programação da entrega oficial de lotes, ele se antecipava a contar a história do lugar. Suas lentes percorriam com alta precisão acampamentos, vilas, garimpos, florestas, distritos e aglomerados que mais tarde seriam cidades. Voou em diferentes aviões, foi passageiro quase cativo do helicóptero oficial [Trovão Azul] do governador Jorge Teixeira de Oliveira.

Paraibano nascido em Joca Claudino [região geográfica Imediata de Souza], Machado trabalhou no Rio de Janeiro e em Manaus, de onde se transferiu para Rondônia em abril de 1979, a convite do governador Jorge Teixeira de Oliveira, último do território federal e primeiro do novo estado.

Rosinaldo Machado: uma legenda na fotografia estadual

A partir daí, ele deu início ao relato fotográfico que revela a migração rumo a Rondônia; a entrega de títulos definitivos de terras; paisagens diversas, desde o Baixo Madeira à região do Guaporé; atos solenes em diversas ocasiões.

Presente na maioria dos acontecimentos que antecederam à criação do novo estado brasileiro, Machado tinha a confiança de Teixeirão, e exerceu até mesmo alguma influência entre aqueles que constituíram o primeiro escalão de governo.

A todos, sempre serviu com dedicação, convicto de que o seu trabalho fazia parte do desenvolvimento rondoniense. Ao propor a cidadania honorária a Machado, o vereador Alex Palitot quis posicionar a Câmara Municipal a acrescentar em sua galeria o nome do fotógrafo como integrante do seleto grupo de pessoas cujo trabalho eleva o nome da cidade e do estado.

Pouco tempo atrás, antes do primeiro século de vida do extinto jornal Alto Madeira, e um pouco depois do encerramento de sua circulação, coube a Machado digitalizar o arquivo daquele diário. Muitas fotos suas foram ali publicadas, e da mesma forma, em dezenas de outras publicações na capital, no interior e no País.

“Estou muito feliz por esse reconhecimento à minha contribuição ao Município e ao Estado, através das minhas históricas imagens”, disse Machado.

Palilot e Machado: dois exemplos de amor a Porto Velho e à sua gente

Machado ficou conhecido como o  fotógrafo do Teixeirão. Uniu em sua vida, a beleza da antiga fotografia trabalhada em laboratórios escuros, com lâmpadas vermelhas, latas e longos metros de negativos Kodak, Fuji, Agfa e outros filmes de 100, 200 a 400 e mais de mil asas.

O índice Asa (ou ISO, como era internacionalmente conhecido) media a sensibilidade do filme à luz.

Entre outros notáveis trabalhos que se transformaram em livros, Machado foi co-produtor, junto com os jornalistas Carlos Araújo e Montezuma Cruz, do livro Eles ajudaram a construir a História da Indústria de Rondônia, publicado em 2016 pela Federação das Indústrias do Estado (Fiero), por ocasião dos seus 30 anos.

“Se hoje me perguntarem, onde não estive em Rondônia, onde não visitei, acredito que vou logo dizer: estive em todas as regiões, em lugares inóspitos naquele período de colonização [1979 a 1985], fui também destemido pioneiro na fundação de algumas cidades, especialmente nos anos 1980”, ele comentou.

www.expressaorondonia.com.br

Fotos: Assessoria

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