PORTO VELHO – A faculdade Fimca está sendo acusada de ignorar a possibilidade de uma terceira onda da pandemia de covid-19 ao impor avaliação presencial para todos os cursos. Pelo menos é isso que reclama os acadêmicos que, por causa dessa decisão, mobilizam-se com um abaixo-assinado que já tem mais de 800 assinaturas para posteriormente levas às autoridades sanitárias e ao Ministério Público.
O conflito está ocorrendo no Centro Universitário Aparício Carvalho (Fimca). A faculdade nega que esteja desobedecendo o decreto governamental que trata das restrições durante a pandemia, mas os acadêmicos contestam essa argumentação dizendo que: “pelo simples fato que todos os acadêmicos são obrigados a fazer os exames presenciais e quem não o fizer ficará com a nota em aberto para o próximo semestre, (leia-se reprovado) literalmente o Centro Universitário Aparício Carvalho obriga aos acadêmicos em situação de 100% presencial e, pior, desobedecendo aos protocolos de segurança na pandemia”.
Um professor que não quis revelar a identidade, disse que essa atitude demonstra que a faculdade não está preocupada com o aproveitamento dos alunos, mas, em dar um basta aos 100% de aprovação dos alunos em tempo de pandemia com vistas à mercantilizar o ensino com repetências, casos os alunos insistam em optar pelos exames a distância.
A Folha não conseguiu falar com a faculdade para um posicionamento quanto ao argumento dessa fonte que pode ser considerado como teoria da conspiração
Já o Diário da Amazônia teria ouvido outro professor que disse: “a faculdade não está seguindo nenhuma regra. Não recebemos máscara, nenhum equipamento de proteção individual e não estamos apenas com as aulas práticas. As salas não tem álcool em gel e nem estão sendo higienizadas. Os alunos que na maioria recebem bolsa de estudos estão receosos em perder o benefício, por isso estão se sentindo obrigados a voltar”, disse o professor.
Terceira onda à vista
Ontem o ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse que a possibilidade de uma terceira onda da pandemia de covid-19 é uma preocupação. Frisou que o Ministério da Saúde está atento aos sinais sobre a evolução dos casos de covid-19 no país. Queiroga afirmou que o cenário pode estar ocorrendo em razão do afrouxamento de medidas de restrição à circulação de pessoas e distanciamento social ou efeito de nova variante.
“Enquanto a maior autoridade em saúde do País não esconde a possibilidade de uma terceira onda, o Centro Universitário Aparício Carvalho, um dos mais respeitáveis na região Norte do Brasil, que forma profissionais, inclusive, da área médica, revela um comportamento negacionista quanto aos riscos”, comentou um acadêmico ao dizer que essa argumentação por si, levada ao Ministério Público, ganharia força em defesa da preocupação da classe acadêmica.
Por: Roberto Gutierrez
Fonte: folhaderondonianews.com.br