Expedito Júnior e Daniel Pereira estimulam muitas candidaturas ao Senado, para fragmentar votação e lhes beneficiar como os mais conhecidos

PORTO VELHO (24-02) – Dois dos nomes que pretendem se viabilizar como candidato a única vaga ao Senado nas eleições deste ano trabalham com a estratégia de estimular o lançamento do maior número possível de candidatos a esta vaga numa tentativa de fragmentar os votos. Um é o ex-tucano Expedito Júnior, que tem ‘bala na agulha’ até para financiar a ambição de alguns neófitos ou veteranos iludidos. O outro é o ex-governador Daniel Pereira, com a diferença que este não dispõe do mesmo poderio de Expedito Júnior.

Afora o milionário empresário Jaime Bagattoli, que cismou que só ter dinheiro não lhe basta e tenta pela segunda vez chegar ao poder como senador, Expedito Júnior e Daniel Pereira são os nomes mais conhecidos até agora que anunciam estar na disputa.

Se a estratégia vai funcionar ainda é uma incógnita.

A medida em que vai se aproximando os prazos impostos pela legislação eleitoral a serem cumpridos nas eleições deste ano, partidos e candidatos vão ‘catimbando’ o jogo. Seja estimulando candidaturas de concorrentes para fragmentar os ‘votos, seja anunciando desistências que podem se revelar blefes logo ali adiante. Os mais experientes sabem que até junho nem tudo que se diz ou faz agora é definitivo.

E essa marcha vale tanto para definições de candidaturas ao Governo quanto ao Senado – que este ano dispõe só de uma vaga – e para deputado federal, tendo em vista as amarras da nova legislação, que no Brasil muda a cada eleição ou de quatro em quatro anos, com algumas resoluções do Tribunal Superior Eleitoral normatizando as eleições municipais.

A apontando para uma das batalhas mais acirradas desde as primeiras eleições como estado, em 1982, a disputa pelo Senado este ano promete surpresas interessantes.

Em Rondônia, quando se fala em candidatura ao senado, o primeiro nome que vem à mente da maioria do eleitorado ainda é o do ex-senador Expedito Júnior (agora, um ex-tucano).

Resta saber se o fato de ele ser um político de carreira com mais de trinta anos de buscas por mandatos lhe será benéfico ou lhe conferirá rejeição – sobretudo, do eleitorado mais novo.

Uma coisa é certa, Expedito Júnior está usando sua experiência e seu poder político e econômico para estimular o lançamento do maior número possível de candidatos ao Senado este ano em Rondônia.

A lista de pretendentes a única vaga na Câmara alta do Congresso já é bem numerosa. Tem de nomes novos a veteranos como os ex-senadores Amir Lando e Ernandes Amorim.

Mas tem ainda Jaqueline Cassol, Jaime Bagattoli, Daniel Pereira, Léo Moraes (se não for ao Governo); Jesualdo Pires (se não concorrer à Câmara Federal ou aceitar ser vice em alguma chapa para governador); Fátima Cleide ou Ramon Cujuí, ambos do PT; Acir Gurgacz, que ainda depende de decisão judicial).

Nomes como os da deputada Mariana Carvalho, do presidente da Assembleia, Alex Redano, também têm sido jogados como balão de em saio como possíveis concorrentes, embora a grande maioria deles não confirme.

Por que Expedito quer múltiplas candidaturas?

Pelos seus cálculos e dos seus apoiadores, ele seria o nome mais conhecido entre os concorrentes e com votos em todas as regiões do Estado.

Na última disputa que participou ao governo de Rondônia, chegou a vencer no primeiro turno, mas foi derrotado no segundo, apesar de ter atingido mais de 269 mil votos. Os aliados a Expedito acreditam que ele possa ter, para o Senado, uma votação bastante expressiva, enquanto seus concorrentes dividiriam o restante do eleitorado.

Equação simples, pois! Nesse raciocínio, se ele e seus seguidores estiverem corretos, a multiplicidade de nomes beneficiaria ainda mais a Expedito. Agora falta combinar com os russos …

Mas, os russos estão em guerra neste momento…

www.expresaorondonia.com.br, com informações do blog opiniaodeprimeira