PORTO VELHO – A proposta da Nova Acrópole, segundo a professora Fernanda Chaibub, é abordar filosofia à maneira clássica, que difere um pouco daquela ensinada nas escolas e faculdades. A ideia é enxergar de forma muito mais prática através do saber antigo. “Nossa proposta é fazer da filosofia escola de vida e desenvolver em cada ser humano aquilo que tem de melhor, através do tripé filosofia, cultura e voluntariado”, disse.
A escola é feita por voluntários e o principal curso é o de Filosofia. Um dos aspectos importantes é resgatar os aspectos culturais humanos e como se desenvolver como pessoa. A Nova Acrópole tem essa proposta humanista, aberta a todas as pessoas.
Fernanda explica que não se trata de um curso universitário ou faculdade, mas sim um curso livre que qualquer pessoa pode fazer.
“Para participar, a idade mínima é 14 anos, residir em Porto Velho, porque nosso curso é presencial, que neste momento está com a opção híbrida, por causa da pandemia. Não é necessário ter conhecimentos prévios. Tem uma contribuição mensal para manter a estrutura. Então, o aluno durante cinco meses vai participar neste curso introdutório”.
Na próxima quinta-feira, 27, acontece a aula inaugural gratuita, às 19h30, com duração de duas horas. O curso inicia a partir da primeira semana de junho.
Nestes sete anos em Rondônia, a Nova Acrópole formou inúmeras turmas. Muitas pessoas passaram pelos cursos e também palestras, mostras sobre temas do curso, que são remotas. Tem ainda o canal do Youtube, com milhões de visualizações.
Fernanda acentua que algumas pessoas perguntam sobre a importância de fazer um curso de filosofia. Ela sempre responde que “podemos aprender com o pensamento dos grandes homens para o engrandecimento da nossa vida. Para termos mais força diante dos desafios. O curso traz esses clássicos da sabedoria como Confúcio, dos gregos, romanos, seus vários representantes como Platão e Aristóteles. Não é um curso cronológico, mas o de aprender algumas lições de vida e os participantes poderão refletir ao longo dos cinco meses de aula”.
Estas escolas, no mundo clássico – a Academia de Platão, o Liceu de Aristóteles, a Escola Neoplatônica de Alexandria – serviram para proporcionar elementos de renovação que foram úteis para orientar os novos tempos em suas respectivas épocas. Na metade do século XX ressurge essa vocação inovadora, com raízes profundas na tradição clássica, com projeção ao Terceiro Milênio.
Com seu Curso de filosofia Prática adaptado para mais de 30 línguas e sem qualquer distinção de idade, condição social, posição política ou religiosa, tem beneficiado milhares de pessoas em todo mundo que buscam conhecer-se, desenvolver-se e contribuir com a criação de um mundo melhor. A Nova Acrópole se mantém por meio da contribuição de seus membros. Nova Acrópole prima pela sua independência de interesses específicos de grupos políticos ou religiosos.
O professor Jorge Ángel Livraga Rizzi nasceu em Buenos Aires em 1930 em uma família de origem italiana, fundou e foi o primeiro presidente da Nova Acrópole. Livraga desenvolveu uma metodologia pedagógica, especialmente desenhada para que os jovens do século XXI pudessem descobrir nelas as grandes chaves do sentido da existência, o destino da Humanidade, e enfrentar as mudanças com capacidade de ação.
O trabalho pedagógico do professor Livraga, como pioneiro e filósofo do futuro, o levou a desenvolver inúmeros aspectos do plano de estudos da Escola de Filosofia, e, paralelamente, a investigar e se aprofundar no estudo comparativo das religiões e das diversas correntes filosóficas, socioculturais, científicas e artísticas. O ponto principal desta Filosofia como forma de vida se encontra no Renascimento, começando pelo “renascimento interior do ser humano”, segundo suas próprias palavras, um ser humano em contínua evolução, que se questiona sobre o que vê, o que sente, o que vive, e que reflete consigo mesmo e busca respostas.
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