RO, Quarta-feira, 15 de maio de 2024, às 15:12



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Empurrando com a barriga – Pressionado pela realidade, Governo cria grupo de trabalho para discutir soluções para a BR-319

PORTO VELHO – Pressionado pelas lideranças da sociedade do Amazonas e de Rondônia, o governo federal criou, nesta 6ª feira, 17, o grupo de trabalho que irá discutir soluções de infraestrutura e sustentabilidade da BR-319. A rodovia, de aproximadamente 918 km, corta a floresta amazônica e interliga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). Ela é a única conexão terrestre da capital do Amazonas com o restante do país. Ela foi completamente asfaltada na década de 1970, mas, segunda denúncias, donas de empresas de navegação do amazonas, que não tinham interesse em ver a estrada funcionando, para arranca o asfalto deste trecho do meio.

Essas denúncias, no entanto, nunca foram comprovadas. Mas soa estranha um país com as dimensões continentais do Brasil abandonar uma rodovia tão importante para a integração regional.

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Apesar de sua importância, principalmente para o Amazonas, a BR-319 acumula uma série de problemas de infraestrutura. A rodovia tem grande parte de sua extensão, especialmente nos trechos do meio, que não tem pavimentação. Esses trechos de terra muitas vezes se transformam em lama durante períodos de chuvas, o que torna o transporte na região deficitário. A criação do grupo de trabalho foi publicada no Diário Oficial da União, desta sexta-feira, 17.

O grupo de trabalho será composto por integrantes de secretarias executivas do Ministério dos Transportes, do Dnit (Departamento de Nacional de Infraestrutura de Transportes) e da Infra S.A. A equipe se reunirá a cada 20 dias e terá as seguintes competências:

  • Realizar de um levantamento sobre a situação atual da BR-319, com foco na identificação de desafios para a otimização rodoviária;
  • Analisar estudos técnicos e científicos, projetos e relatórios produzidos por outros grupos que já tenham tratado do tema;
  • Acompanhar o licenciamento ambiental da BR319;
  • Propor medidas, inclusive normativas, para a melhoria da infraestrutura da BR-319, tendo em vista a sustentabilidade, a segurança viária e a mitigação de impactos ambientais e de mudanças do clima.

Em agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou seu desejo de instituir esse grupo para tratar de obras na BR-319. Na época, Lula afirmou que há um trecho de 405 km que precisa ser refeito.

A BR-319 teve 4 trechos destacados em um relatório da CNT (Confederação Nacional do Transporte) que aponta onde a União deveria priorizar investimentos na malha rodoviária. Segundo o documento, cerca de 142 km da rodovia necessitam de altos investimentos.

Em 2022, o governo emitiu licença prévia para reconstrução e pavimentação do km 250 ao km 655,7 da BR-319. Porém, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) está revisando a licença para as obras.

PROBLEMAS AMBIENTAIS

A BR-319 é um componente estratégico no combate ao desmatamento da floresta amazônica. Segundo o Observatório BR-319, os 13 municípios sob influência da rodovia correspondem por quase 1/3 dos focos de queimadas na região amazônica.

Diante desse cenário, órgãos ambientais já manifestaram preocupação em relação a um desenvolvimento da via, que pode permitir um maior acesso de garimpeiros e criminosos ambientais na região.

Essa preocupação dos ambientalistas, no entanto, não se sustentam, se considerar que em nenhuma dos locais onde se desenvolve a atividade ilegal de garimpo ou extração de madeira existe rodovias. Quem vive de garimpo e extração ilegal de madeira detestam boas estradas e rodovias, porque elas facilitariam a chegada das fiscalização.

Melhor esses ambientalistas de gabinete arrumar outro argumento.

Fonte:www.poder360.com.br






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