PORTO VELHO (20-03) – Desde as primeiras tentativas de penetrar a hostil e quase impenetrável floresta amazônica pelas equipes do Marechal Rondon para implantação da linha telegráfica Cuiabá-Porto Velho até os dias atuais, as comunidades indígenas de Rondônia sempre buscaram sua integração ao progresso que presenciavam a inevitável chegada.
Há quase dez anos, no entanto, as 54 etnias e 21 comunidades indígenas do estado ganharam assento no principal órgão do Governo que cuida da política ambiental do estado.
E não se concebe formulação de políticas ambientais sem levar em conta os povos indígenas, os principais protagonistas da integração homem-floresta.
Há uma década, o governo de Rondônia por intermédio da Coordenadoria dos Povos Indígenas (Copir) da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sedam), está trabalhando para o fortalecimento e desenvolvimento de políticas públicas focadas nas comunidades indígenas do estado.
Para estas comunidades, a Copir constitui um marco na história dos povos indígenas reconhecidos pelo estado.
A coordenadoria tem à frente a indígena Valdenilda Coiryn Massaka Karitiana e na gerência de desenvolvimento sustentável o também indígena, Rubens Naraikoe Suruí, que trabalham junto às comunidades indígenas, promovendo o desenvolvimento sustentável.
O foco das ações é a melhoria da qualidade de vida dos povos indígenas.
Valdenilda e Rubens são reconhecidos pelo secretário da Sedam, Marco Antônio Ribeiro Menezes Lagos, pelo excelente desempenho no trabalho junto às lideranças indígenas de Rondônia.
A coordenadora conta que a coordenadoria surgiu em 2013 e foi criada para atuar nas questões indígenas no estado e ela foi convidada para realizar levantamento junto às 21 comunidades indígenas e 54 etnias. “O objetivo é trabalhar pelo desenvolvimento sustentável na área produtiva”, afirma Valdenilda, que se mostra feliz pela oportunidade de trabalhar na formulação das políticas públicas voltadas aos povos indígenas de Rondônia.
A gerência da Copir está a cargo do Rubens Suruí. “Nosso trabalho é fortalecer cada vez mais o diálogo entre os povos indígenas e o estado e de que forma o executivo estadual pode contribuir para estas comunidades. Levamos ações às aldeias, buscamos apoio de outras secretarias para contribuir com cada território. Queremos facilitar o encaminhamento das demandas da população indígena”, garante.
Segundo Valdenilda, a gerência de Rubens tem sido fundamental, pela sua experiência junto ao povo no seu território na produção sustentável. “Estamos levando essa experiência para outros territórios que têm interesse de aplicar dentro das respectivas comunidades”, afirma a coordenadora. “Nosso objetivo é buscar e apresentar soluções e a Coordenadoria constitui um espaço para os indígenas que vem de cada município, então dialogamos, fazemos reuniões para ouvir suas demandas”, finaliza.
www.expressaorondonia.com.br, com informações da Assessoria