RO, Domingo, 19 de maio de 2024, às 13:34



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Medo do corona vírus pode aumentar as abstenções nas eleições do mês que vem

PORTRO VELHO – Mesmo sem entender bem o que era voto proporcional para vereador, como aconteceu até à disputa de 2016, as cabeças de muitos eleitores ainda não perceberam o novo critério adotado a partir da reforma política de 2017, quando ficou acordado pela nova legislação que a partir deste ano os partidos não podem mais se juntar numa só nominata, tendo, agora, de eleger com seus próprios votos.

Pela legislação atual além de não poderem se coligar para a disputa das vagas nas Câmaras Municipais, os partidos devem apresentar 30% de candidatas e ainda terão de somar 10% dos votos válidos – que deverá aportar em torno de 13 mil votos para que a sigla eleja um vereador. Já os candidatos, para serem considerados eleitos, deverão ter pelo menos 10% da votação exigida pela Cláusula de Barreira, ou 1.300 votos, mas mesmo essa quantidade não garante que esteja eleito, porque é possível que com esse mínimo ele seja ultrapassado por outros candidatos concorrentes.

Além disso, outra perspectiva que vem por aí, conforme dois advogados, é que a média de abstenções que estava em torno de 18 a 20%, pode até subir mais em novembro por vários motivos, o principal deles o descrédito em relação à prática política, mas há outros fatores importantes.

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MEDO

A previsão é que, considerando a abstenção das disputas passadas, e a cláusula de barreira determinada pela reforma política, muita gente poderá deixar de comparecer às urnas, e com mais um adendo, o medo. Apesar da divulgação de mídia da Justiça Eleitoral anunciando várias medidas preventivas ao coronavírus, há muitos que falam em não ir “por causa da aglomeração”.

Mesmo explicando que os horários de votação serão ampliados, ainda assim a tendência a não comparecer permanece. “Vai ter muita gente e perdi vários amigos nessa pandemia e sei o que isso representa. Tenho evitado sair de casa e não vai ser uma eleição que vai me obrigar a sair”, disse Orlando Buarque, 55 anos, que desde o início do período de restrição “nem nas casas de meus filhos eu tenho ido”.

Pior que quando se contradiz alegando as providências anunciadas, várias pessoas citaram como exemplos as imensas filas que, todos os dias, se formam nas proximidades das agências da Caixa Econômica para receber o auxílio pago pelo governo federal. E como a multa a quem não for votar é considerada baixa, “prefiro pagar a multa do que me arriscar”, disseram diversos dos ouvidos pelo site.






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