RO, Segunda-feira, 28 de abril de 2025, às 12:34






Eleição do novo papa começa em 7 de maio, após luto de nove dias

O Colégio Cardinalício decidiu iniciar o conclave na próxima quarta-feira, 7. A votação para escolher o novo papa começa após o término do período de luto de nove dias da morte de Francisco.
Foto: Reprodução via Vatican News

A data foi definida pelos cerca de 180 cardeais presentes (pouco mais de 100 eleitores) reunidos na quinta Congregação Geral no Vaticano.

A informação foi confirmada na manhã desta segunda-feira, 28, pelo Vaticano.

“7 de maio! Reunidos na quinta Congregação Geral na manhã desta segunda-feira, os cardeais decidiram o início do #Conclave para a eleição do novo Papa”.

Ainda de acordo com o Vaticano, não há previsão de conclusão. Entre os próprios cardeais eleitores, há aqueles que esperam um Conclave curto, considerando também o Jubileu em andamento, e aqueles que, ao contrário, preveem tempos mais longos para permitir que os cardeais “se conheçam melhor”.

Cardeais das partes mais distantes do mundo ainda são esperados em Roma nestes dias. Na Cidade Eterna, eles serão hospedados na Casa Santa Marta, a Domus do Vaticano onde Francisco decidiu morar, renunciando ao apartamento papal.

Após o encerramento das cerimônias de despedida, a Igreja Católica agora volta sua atenção para os próximos passos.

Um dos pontos principais é preparar a Capela Sistina para os cardeais de batina vermelha, que se reunirão no coração de Roma para definir o novo líder da Igreja Católica.

Uma tarefa essencial: instalar a chaminé por onde será liberada a fumaça das cédulas queimadas após as votações.

A escolha determinará se o próximo pontífice continuará as reformas de Francisco — com seu foco nos pobres, marginalizados e no meio ambiente — ou se os cardeais vão optar por um papa mais alinhado ao estilo de predecessores conservadores como Bento XVI, com ênfase na doutrina.

Seguir o caminho de Francisco será um dos grandes desafios. As mudanças, até então centradas na figura do argentino e no novo paradigma de líder que ele estabeleceu na Igreja Católica, precisam agora se manter com o seu sucessor, dizem especialistas ouvidos pelo Estadão.

Lidar também com um mundo repleto de tensões – como às ligadas a guerras, ascensão de líderes populistas e o aquecimento global – também será um problema para o novo comando da Santa Sé. Veja aqui os principais desafios.

Processo de votação

É necessário uma maioria qualificada de dois terços para eleger o Papa. O Vaticano não informou ainda o número total de votantes, mas afirma que são cerca de 100 – ou seja, 67 votos.

Serão feitas quatro votações por dia, duas pela manhã e duas à tarde, e após a 33ª ou 34ª votação, no entanto, haverá um segundo turno direto e obrigatório entre os dois cardeais que receberam mais votos na última votação.

Mesmo nesse caso, no entanto, sempre será necessária uma maioria de dois terços. Os dois cardeais restantes não poderão participar ativamente da votação. Se os votos para um candidato atingirem dois terços dos eleitores, a eleição do Papa será canonicamente válida.

‘Habemus papam’

Ao término da votação, o último da ordem dos Cardeais diáconos convoca o mestre das Celebrações Litúrgicas e o secretário do Colégio Cardinalício.

Ao recém-eleito será questionado: Aceita a sua eleição canônica como Sumo Pontífice?

Em caso afirmativo, será perguntado: Como quer ser chamado?, ele deverá responder com seu nome pontifício.

Após a aceitação, as cédulas são queimadas, de modo que a clássica fumaça branca poderá ser vista da Praça de São Pedro.

No final do Conclave, o novo Pontífice se retira para a “Sala das Lágrimas”, ou seja, a sacristia da Capela Sistina, onde vestirá pela primeira vez os paramentos papais, preparados em três tamanhos, com os quais se apresentará à multidão de fiéis na Praça São Pedro.

Após a oração pelo novo Pontífice e a homenagem dos cardeais, o Te Deum é entoado, marcando o fim do Conclave.

Em seguida, o anúncio da eleição, o Habemus papam e a aparição do Papa que dará a solene bênção Urbi et Orbi.

Fonte: O Estadão

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