PORTO VELHO – As catástrofes levam o homem a exercer a criatividade e encontrar novos caminho. É o que acontece neste momento de inimaginável seca dos rios (os caminhos desta região) amazônicos e a necessidade de prover o Amazonas – principalmente a capital, com mais de 2 milhões de habitantes – de uma saída via terrestre para o restante do Brasil. Um deputado federal do Amazonas chega a destacar a contradição do fato de Manaus e o amazonas terem ligação terrestre com a Venezuela, mas não terem com o restante do Brasil.
Um paradoxo amazônico, certamente. Um paradoxo brasileiro!
Mais de 190 parlamentares do Congresso são a favor da criação da frente que vai discutir, durante quatro anos, a necessidade da repavimentação.
Mais de 190 deputados federais assinaram a favor da instauração de uma ‘Frente Parlamentar em Defesa da BR-319’, rodovia federal que interliga Porto Velho a Manaus.
O principal objetivo da iniciativa é garantir a manutenção adequada da rodovia em toda a sua extensão.
O prazo de quatro anos foi estabelecido para a atuação do grupo, proposto pelo deputado Fausto Santos Júnior (União), do Amazonas.
O projeto implica na criação de um canal de comunicação com o governo federal, onde será estabelecido um comitê para determinar o destino da rodovia. A frente tem a intenção de apresentar ao governo a possibilidade de revitalizar as partes problemáticas da estrada.
No novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado pelo presidente Lula (PT) em agosto, a pavimentação da BR-319 ficou de fora.
Segundo o governo federal, a questão ambiental da BR-319 é muito crítica e a rodovia só deve ser reconstruída com garantias de sustentabilidade ambiental.
Trecho crítico
A BR-319 corta o território do Amazonas, fazendo a ligação terrestre entre o estado e Roraima de um lado, com Rondônia de outro e com outros estados do país por outros trechos.
Inaugurada em 1976, a BR-319 é conhecida pelas péssimas condições. Tem mais de 800 quilômetros de extensão, porém somente os segmentos localizados próximos às capitais estão asfaltados.
Com informações da Rede Amazônica