RO, Sexta-feira, 03 de maio de 2024, às 6:53



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DURO GOLPE – Juiz de Rondônia condena membros de organização de traficantes a mais de 100 anos e toma-lhe os bens

Em uma das ocorrências, o carregamento de cocaína foi de 239 quilos e foi realizado o pagamento de um milhão, duzentos e nove mil e seiscentos reais

PORTO VELHO – Integrantes de uma organização criminosa dedicada ao tráfego de grandes quantidade de cocaína, com uma espécie de matriz em Porto Velho, de onde coordenava ações nos estados de Mato Grosso e Ceará, desarticulada na operação policial denominada ‘fortress’, em 18 de outubro de 2017, foram condenados a penas que, somadas, chegam a quase 150 anos de cadeia. O release sobre o julgamento, postado no site do Tribunal de Justiça de Rondônia, não informa a data do julgamento, o número de pessoas condenadas nem a individualização das penas.

A reportagem do expressaorondonia tentou contato com a assessoria, mas até o fechamento da edição desta matéria não obteve retorno.

A sentença exarada pelo juiz da 2ª vara de entorpecentes da comarca de Porto Velho condena vários réus que participavam da organização criminosa dedicada ao tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro. A aplicação das penas somadas ultrapassam 130 anos de reclusão. Também foram aplicada multas previstas na Lei que chegam ao montante de 4,5 milhões de reais, além da perda de bens em favor da União, em valores aproximados de 5 milhões.

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É um duro golpe da Justiça em uma forte organização criminosa, a altura do que a sociedade espero no combate ao crescimento do crime organizado no país.

Segundo as investigações policiais, a organização criminosa atuava em três estados. A cocaína era transportada de Rondônia para o Mato Grosso e Ceará, em automóveis, caminhões e aeronaves.

Parte da frota de carros de luxo usados pela organização para lavagem de dinheiro e apreendidos na ‘operação fortress’ – Foto: Hosana Morais/G1

O grupo criminoso estava estruturado e se dividia em três núcleos.

O primeiro núcleo situado em Rondônia (a matriz) realizava movimentação financeira dos valores provenientes do tráfico, que subdividia em dois grupos: logística e transporte, composto por motoristas e batedores. O braço principal do grupo criminoso tinha sede em Porto Velho, de onde comandava o contato com o fornecedor, a aquisição das drogas e a logística de transporte.

Inicialmente, o transporte da droga era feito via terrestre de Rondônia até Fortaleza.

Polícia Federal durante a operação fortress, naquele 18 de outubro de 2017 – Foto: PF – Divulgação

O segundo núcleo era situado lá, no Ceará, onde o líder era o principal comprador das drogas enviadas de Rondônia, e outros membros eram responsáveis pela função de intermediários na venda.

 

Já o terceiro núcleo identificado atuava no Mato Grosso.

Muito dinheiro vivo apreendido na operação sendo contado na Polícia Federal – Foto: Facebook

Os carregamentos de drogas da associação criminosa giravam em torno de 140 a 180 kg por viagem – que na linguagem do tráfico também se diz ‘partida’. Uma das vezes, descobriu a polícia, a carga chegou a alcançar o montante de 559 quilos de cocaína, para azar deles, apreendidos com o grupo criminoso durante o transporte.

Já nas transações financeiras, a organização criminosa se valia de diversas contas correntes de “laranjas” para fazer a movimentação dos valores provenientes do tráfico, visando, com isso, ocultar e dissimular a origem, natureza, localização, movimentação e propriedade de tais valores.

Em uma das ocorrências, o carregamento de cocaína foi de 239 quilos e foi realizado o pagamento de um milhão, duzentos e nove mil e seiscentos reais.

Fonte: Com informações da Assessoria de Comunicação Institucional TJRO






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