RO, Sexta-feira, 17 de maio de 2024, às 23:46



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Dez anos depois, cirurgias de captação de órgãos voltam a acontecer em Ji-Paraná

Foram captados dois rins e um fígado. Três pacientes devem ser beneficiados com a doação

Primeira cirurgia de captação de órgãos é realizada em Ji-Paraná — Foto: Gedeon Miranda/Rede Amazônica

Médicos, cirurgiões, técnicos de enfermagem e outros profissionais da saúde se reuniram em uma sala de cirurgia esta semana para um momento histórico em Ji-Paraná: a retomada dos procedimentos de captação de órgãos que não aconteciam há dez anos no município.

Após a morte de uma paciente, a família optou por fazer a doação de órgãos. Foram captados os dois rins e um fígado.

O procedimento durou cerca de cinco horas: começou por volta de 21h da quarta-feira (19) e foi finalizado às 2h da quinta (21). Uma equipe médica viajou de Brasília para auxiliar na captação que aconteceu em um hospital particular.

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“Nós tivemos vários profissionais envolvidos, técnicos de enfermagem, médicos, cirurgiões, anestesistas. Tivemos também uma equipe de fisioterapia, psicólogo pra também amparar a família. É um prazer participar da mudança da história de outras pessoas”, comentou a cirurgiã vascular e diretora da unidade de saúde, Renata Camila Barros.

Órgãos foram captados em Ji-Paraná e transportados de avião — Foto: Gedeon Miranda/Rede Amazônica

Assim que os órgãos foram coletados, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) já estava à espera para levá-los até os destinatários. Os pacientes que podem ter a vida salva pela doação são do Distrito Federal, do Pará e de Goiás.

Além da retomada do procedimento, a captação do fígado, especificamente, é algo inédito em Ji-Paraná. De acordo com a unidade de saúde, normalmente essas cirurgias são realizadas em Porto Velho, distante mais de 300 km.

A expectativa da unidade agora é preparar a estrutura para fazer também o transplante de órgãos. O objetivo é beneficiar pessoas que estão à espera de um órgão em todo Brasil, mas principalmente em Rondônia.

“Muito gratificante. A gente tem a noção do sofrimento da pessoa que está esperando por um órgão e agradece a família que decide por doar, por salvar vidas. Então a gente espera que esse seja o início de um grande projeto, de um grande ganho para Ji-Paraná”, comentou o cirurgião, Francisco Siosney.

Fonte: G1 RO





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