RO, Quarta-feira, 01 de maio de 2024, às 2:30



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Deu ruim, dona Raíssa! Justiça afasta prefeita ‘avatar’ de Guajará-Mirim, seu marido e o chefe de gabinete, irmão do presidente da OAB

O afastamento é pelo prazo de 180 dias (seis meses), mas pode ser modificado pela Justiça. Para mais ou para menos

GUAJARÁ-MIRIM – Quem procura acha. A prefeita de Guajará-Mirim, Raíssa Bento (MDB), seu esposo – e prefeito de fato – ex-vereador Antônio Bento, e o chefe de gabinete da Prefeitura, advogado Rodrigo Nogueira estão afastados do cargo por determinação da Justiça e com proibição de se aproximar da prefeitura e manter contato com outros investigados. Na manhã desta quinta-feira, 25, o Ministério Público de Rondônia (MPRO), com apoio do centro de atividades extrajudiciais (Caex) e do grupo de atuação especial de combate ao crime organizado (Gaeco), Promotoria de Justiça de Guajará-Mirim, com o apoio operacional da Polícia Civil do Estado de Rondônia (PCRO), deflagrou a ‘Operação Avatar’, para cumprimento seis mandados de busca e apreensão, dois afastamentos de mandato de cargo público, bem como proibições de acesso a órgãos públicos municipais e contato de investigados com vítimas e testemunhas, todos expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJRO).

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O afastamento é pelo prazo de 180 dias (seis meses), mas pode ser modificado pela Justiça. Para mais ou para menos.

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Neste período, quem responde pela administração do município será a vice-prefeita Mary Granneman, já convocada e que deve tomar posse ainda hoje.

 

O nome da operação é bem apropriado a situação atual da administração municipal de Guajará-Mirim, já que a prefeita Raissa Bento não esconde de ninguém que ela é uma espécie de avatar (ou ventríloquo) de seu marido na Prefeitura.

O chefe de gabinete da Prefeitura, advogado Rodrigo Nogueira é irmão do atual presidente da OAB, Márcio Nogueira, membro de tradicional família da cidade que já teve como representante na Assembleia Legislativa dois deputados estaduais, Chiquinho Nogueira, na primeira legislatura, e, nos anos 1990, Dedé de Melo.

De acordo c om i9nformações apuradas pela reportagem deste www.expressaorondonia.com.br, doutor Rodrigo está de férias, no Nordeste Brasileiro.

O objetivo da operação é colher elementos probatórios para instruir procedimento investigatório criminal (PIC) em curso no MPRO sob autorização e supervisão judicial do TJRO, que apura, entre outros, os crimes de nomeação ilegal de servidor (art. 1º, inciso XIII, do Dec. Lei 201/1967), usurpação de função pública (art. 328 do Código Penal), peculato-desvio (art. 312 do Código Penal), peculato de uso de bem público (art. 1º, inciso II, do Dec. Lei 201/1967), falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal), corrupção passiva (art. 317, § 2º, do Código Penal), desacato (art. 331 do Código Penal) e fraude processual (art. 347 do Código Penal), além de associação criminosa (art. 288 do Código Penal), supostamente envolvendo agente político e servidores da Prefeitura de Guajará-Mirim, e de outras pessoas desprovidas de vínculo funcional direto com aquele Poder Executivo, envolvidos ou beneficiados com o esquema.

São cumpridos os mandados de busca domiciliar, pessoal e veicular em residências, escritórios, propriedade rural e na Prefeitura de Guajará-Mirim, além das ordens judiciais de afastamento de mandato e cargo público.

Equipamentos e funcionários da Prefeitura sendo utilizado na fazenda do marido da prefeita

A execução da operação conta com a participação de Promotores de Justiça, Policiais Civis e Militares, Perito Criminal e servidores lotados no Caex e no Gaeco, bem como as equipes da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco 2), Delegacia Especializada em Repressão a Furtos, Roubos e Extorsões (DERF – Patrimônio), Delegacia Especializada em Crimes contra o Consumidor (Deccon) e Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Contra a Vida (DERCV – Homicídios).

O nome atribuído à operação é uma referência às figuras comumente utilizadas em comunicações e comunidades virtuais para multiplicar e mascarar a identidade da verdadeira pessoa que está participando de determinadas atividades na internet, similar ao modo de atuação identificado no caso, no qual foi constatada a colocação de pessoas em cargos e funções estratégicas na Prefeitura de Guajará-Mirim apenas como figuras representativas, quando, na verdade, as decisões e determinações para as práticas ilícitas advinham e eram controladas pela liderança do esquema investigado.

Fonte: www.expressaorondonia, com informações da gerência de comunicação iIntegrada (GCI-MPRO) e colaboração de Carlos Caldeira






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