DESRESPEITO – Usuários reclamam da falta de respeito da empresa de transporte coletivo na capital: “virou a velha bagunça de sempre”

PORTO VELHO – Depois de um período inicial de absoluta incerteza quanto ao sucesso da retomada do transporte público coletivo em Porto Velho a empresa que venceu a licitação para prestar este serviço aos moradores da capital começa a dar sinal de cansaço e a colocar em dúvida se terá condições de continuar prestando serviço de qualidade.

De acordo com reclamações e denúncias dos usuários, apesar de ser nova em Porto Velho, a empresa começa a relaxar na qualidade dos serviço, deixando de cumprir horários e circulando com ônibus superlotados.

Ônibus transformados em autênticas “latas de sardinha”, anunciados como tendo ar-condicionado – que não funcionam, trafegando sem qualquer respeito a horários, aplicativos que só servem de enfeite, e desrespeito por parte dos motoristas.

Tudo isso, e algo mais, fazem parte do dia a dia de quem precisa pegar um ônibus que faça a linha do Setor Leste, conforme denúncias de usuários que este expressaorondonia recebe quase todos os dias. Usuários se sentem desrespeitados pelos motoristas dos ‘azuzinhos’ e afirmam que não sabem mais a quem apelar, já que reclamar com a empresa e com a secretaria municipal de Transportes e Trânsito (Semtran) não está resolvendo o problema.

Um dos bairros mais afetados pela bagunça do serviço prestado e desrespeito com o usuário é o “Teixeirão”, área próxima ao “Esperança da Comunidade”.

E o problema não é só para quem está vindo trabalhar na região central, mas para muitos também que tenham de voltar para casa ou ir trabalhar pegando outro veículo da zona central para o bairro.

Apenas para exemplificar: uma passageira relatou que por várias vezes já ficou no ponto da Rodoviária, na D. Pedro II depois de sair do trabalho, e nunca o ônibus leva menos de uma hora para chegar.

“Aí você olha o aplicativo e ele dá sempre a mesma posição, que o carro vai passar “dentro de 10 minutos”, mas é só “caô”, disse ela.

Não é incomum que pessoas deixem de trabalhar porque o ônibus ou demora demais para a linha Teixeirão/centro ou, então, já vem superlotado e quando para é preciso ter coragem para enfrentar a disputa por espaço.

“Às vezes é melhor deixar de ir trabalhar, porque não dá mais para chegar a tempo”, lembrou outra passageira.

Reclamar a quem? Passageiros dizem que já tentaram de tudo em busca de solução e quando alguém procura a Semtran para denunciar a resposta é a mesma: “estamos fazendo fiscalização constante”, só que, se essa fiscalização existe, “a gente não vê, porque não melhora nunca”, é a reclamação.

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