RO, Quarta-feira, 02 de julho de 2025, às 20:36




RO, Quarta-feira, 02 de julho de 2025, às 20:36

Deputada gasta dinheiro público para fazer propaganda risível, de benefício duvidoso

PORTO VELHO – A falta de profissionalismo e senso de ridículo no assessoramento aos políticos vem produzindo peças risíveis que anunciam benefícios mentirosos. Um exemplo bem acabado disso é uma peça publicitária da deputada estadual Taíssa Souza, a Doutora Taíssa (PL), de Guajará-Mirim, em que ela afirma que aprovou a Lei 6.036, instituindo a carteira do produtor rural.

Até aí, tudo bem!

Ouça o áudio da peça publicitária da deputada Taíssa Souza:

Expedir carteira identificando a pessoas pela atividade que ela exerce pode até estar entre as atribuições da deputada.

Mas daí a afirmar que, com a criação da carteira, os produtores rurais terão acesso prioritário em hospitais, unidades básicas de saúde (UBS), laboratórios de exames e outros serviços do Estado de Rondônia.

Além disso, o projeto prevê atendimento prioritário nas instituições financeiras, como bancos e cooperativas de crédito, possibilitando maior agilidade no acesso a serviços essenciais para o desenvolvimento de suas atividades.

Mentira

Anunciar o benefício da concessão da carteira ao produtor rural tudo bem, mas daí a afirmar que com esta carteira o cidadão vai ter atendimento prioritário, em bancos, postos de saúde e outros locais de atendimento ao público…

Aí já soa como piada, para quem conhece bem o funcionamento do serviço público.

No sistema de saúde, sobretudo, há pessoas que tem necessidade de fazer uma cirurgia e, se não for um problema que o coloque muito próximo da morte, ela terá de entrar em uma fila que, às vezes, demora anos para chegar a sua vez.

Teria uma carteira de produtor rural o poder de criar essa ‘prioridade’ anunciada pela deputada como um grande feito do seu mandato?

Com a resposta, os milhares de usuários da saúde pública e de outros serviços públicos que ‘comem o pão que o diabo amassou’ nas filas dos atendimentos e não podem sequer reclamar, senão é processado (e corre o risco de ser preso) por desacato ao servidor público que não lhe presta o devido serviço.

Menos, deputada!!

Carlos Araújo, para o www.expressaorondonia.com.br

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