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RO, Domingo, 29 de junho de 2025, às 18:01




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DEPOIS DA PONTE – Desafio agora é vencer ideologias e tornar real o sonho de integrar Manaus ao Brasil por rodovia

PORTO VELHO – Depois de muitas promessas e vários anos numa sequência imensa de juras e mentiras, de desencanto e muita paciência, enfim a ponte sobre o Rio Madeira – e não sobre o “Abunã”, como insiste em dizer o prefeito Hildon Chaves, afora algum problema mais sério, vai ser inaugurada nesta sexta-feira, integrando pela rodovia e sem dependência de balsas, o Acre ao Brasil, via Rondônia. A ponte oferece também ao restante do país oportunidade de atingir a costa chilena e peruana do Pacífico e, daí, ao imenso mercado, com cerca de dois bilhões de habitantes/consumidor.

Mas para que a obra seja completada ainda resta a outra “perna”, para liberar mais um Estado amazônico da dependência de balsas e de outras pregações ideológicas que foram, há alguns anos, comandadas por uma ministra nascida, por incrível que possa parecer, na imensidão da Amazônia. Essa “perna” que tem o “nome” de BR-319 fazendo a terrestre ligação entre Porto Velho a Manaus. Mas essa batalha vai depender ainda da intoxicação político-ideológica que há mais de 30 anos tem feito o impossível para que a rodovia, que existe desde o final da década de 1960, possa voltar a existir de fato e de direito.

PASSEIO NA HISTÓRIA

A inauguração da ponte sobre o Rio Madeira, em Abunã, vai representar o atendimento, enfim, do Governo brasileiro, à queixa do governador acreano Manuel Fontenelle de Castro ao presidente JK, quando disse das dificuldades de colocar em Rio Branco uma mercadoria comprada em São Paulo. A carga que poderia levar até um ano para chegar, reclamou o então governador que, como narra Juscelino em “Por que construí Brasília”, o motivou a construir a Transacreana – Brasília/Rio Branco.

Aberta a estrada chegando a Rio Branco, além do imenso trecho, de quase 2 mil quilômetros cheios de atoleiros no inverno ou imensos buracos protegidos por poeirais gigantescos, os gargalos das travessias sobre os rios como o Ji-Paraná, cuja ponte foi inaugurada em 1971/2 e o Candeias que separa o município do mesmo nome de Porto Velho, começaram a ser suprimidos com as pontes – em Candeias. Mas na travessia da região de Abunã o problema continuou, e só vai acabar nesta sexta-feira, 7.

Além dos riscos de uma balsa desgarrar, como aconteceu algumas vezes, poderia transformar a viagem pelo rio numa longa espera. Se você tivesse sorte de chegar quando a balsa estava desatracando do lado que você estivesse, e houvesse vaga nela, o motorista ganhava o dia.

O duro é que não funcionava desse jeito, e na imensa maioria das vezes o jeito era esperar. Para os caminhoneiros, isso poderia ampliar em até três horas a viagem entre as duas capitais.

O interessante é que defensores da não construção da ponte tinham todas as desculpas para impedir a obra, como alguém fez quando se começou a falar da ponte sobre o Rio Mamoré entre Guajará-Mirim a a boliviana Guayaramerin: a ideia teria sido sepultada quando uma pessoa interessada em que a travessia fosse feita em outro local inventou que, no trecho pretendido havia um “ninhal” de sucuris.

No caso da ponte em Abunã, as desculpas alegando, por exemplo, que o fato do rio ser considerado “novo” poderia ter problemas milionários para implantar as estacas, e com riscos sérios de não dar certo. Acabou que a predição ideológica foi derrotada pela engenharia e a ponte está aí.

www.expressaorondonia.com.br

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