PORTO VELHO – Uma criança calma, que gosta de ficar recolhida em seu quarto e, principalmente, se tiver um smartfone ou computador conectado à internet pode significar risco real à família. Essa é a realidade a que estamos submetidos nesta era digital sem freios e seu controle, que na minha humilde opinião, ainda trarão terríveis problemas à humanidade. Lembra daquela notícia de um garoto de 14 anos, tranquilo que matou a mãe o pai e um irmãozinho de 3 anos, no Rio de Janeiro, há duas semanas? Pois é ele foi orientado e ordenado pela namorada virtual, uma adolescente com o mesmo perfil dele, que mora em uma cidade de Mato Grosso, a cerca de dois mil quilômetros de distância da cidade de Itaperuna (RJ).
A menina de 15 anos envolvida no assassinato de uma família no Rio de Janeiro (FOTO) foi ouvida pela Polícia Civil no último dia 29. A garota, que vive em Mato Grosso, era namorada virtual do adolescente de 14 anos que matou os pais e o irmão em Itaperuna, no Rio de Janeiro (LEMBRE AQUI).
Caçula de três irmãs, a adolescente foi ouvida na presença da mãe, que se surpreendeu com a participação dela no crime. A menor foi descrita como uma menina de perfil tímido e introvertido por pessoas próximas e familiares.
“Foi preciso mostrar a parte das conversas (com o namorado com quem ela se relacionava virtualmente e que estavam em um notebook) para que ela acreditasse no que a filha havia feito. Inclusive, ela repetia a todo momento que a menina era uma ótima filha”, relatou um policial ao jornal O Globo.
Relembre esta notícia que você leu aqui:
A menina mora em Água Boa, a mais de 700 quilômetros de distância de Cuiabá, capital de Mato Grosso, é de uma família de classe média e considerada uma ótima aluna.
A adolescente não negou o crime ou chorou durante o depoimento, respondendo às perguntas da polícia com frieza. Ela alegou que foi coagida pelo namorado virtual e agentes envolvidos na oitiva dizem que ela mostrou ser sádica durante o crime.
A polícia descobriu que ela reclamou da demora do namorado virtual em responder suas mensagens, mesmo estando online, no momento do crime. A menina queria saber dos detalhes do assassinado. “Isso mostra o sadismo da adolescente”, aponta um policial.
De acordo com o garoto, os pais estavam profundamente adormecidos após terem tomado um remédio para dormir, quando foram baleados.
Para evitar deixar digitais na arma, ele a envolveu com uma fronha. O crime ocorreu no quarto onde a família morava.
A arma utilizada no crime foi localizada na casa da avó do adolescente, que afirmou tê-la encontrado e recolhido por medo de que o neto pudesse se machucar. A polícia informou que a avó não sabia do crime e não teve participação no ocorrido, mas a apreensão da arma foi um ponto importante na investigação.
Os dois adolescentes foram apreendidos após mandados serem expedidos pela Vara de Infância de Itaperuna. A investigação ainda descobriu que a menina mato-grossense também planejava matar os próprios pais.
Fonte: O Globo