Com estradas alagadas e sem energia, aulas estão suspensas no baixo Madeira

PORTO VELHO — Em razão das intensas chuvas e da cheia do rio Madeira, a Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), decidiu suspender as atividades escolares em algumas unidades de ensino do baixo Madeira. Esses fenômenos naturais resultaram no alagamento de diversas comunidades, na interrupção do fornecimento de energia devido ao contato da água com a fiação elétrica e na submersão das estradas, o que dificulta o acesso seguro às escolas.

As unidades afetadas pela suspensão das aulas são: EMEF Manoel Maciel Nunes, EMEF Pe. Francisco José Pucci, EMEF Castro Alves, EMEF Francisco Braga e Projeto Ribeirinho, EMEF São Luiz Gonzaga e EMEF Deigmar Moraes de Souza.

Com o aumento do nível do rio, a estrada que dá acesso à Escola Engenho do Madeira está alagada, dificultando a locomoção de professores e alunos. Para minimizar os impactos e garantir a continuidade das aulas, os educadores adotaram uma rota alternativa, que tem aumentado o tempo de deslocamento em mais de 40 minutos. Apesar dos desafios enfrentados, as aulas estão ocorrendo normalmente.

Na Escola União da Vitória, mesmo diante das dificuldades impostas pelas condições precárias das estradas, as atividades letivas seguem em andamento. Nos dias em que a professora não consegue chegar pela manhã, as aulas são repostas à tarde, assegurando a continuidade do ano letivo sem prejuízos para os alunos.

Na EMEF João de Barros Gouveia, as aulas permanecem ininterruptas até o momento. No entanto, a cheia do rio Madeira já está afetando alguns moradores do distrito de Demarcação. Na EMEF Ermelindo Brasil, apesar da inundação que se aproxima da estrada do Ramal São Sebastião, as aulas continuam a ser ministradas. Contudo, a água já alcançou a via, gerando preocupação entre a comunidade.

Nos ramais Maravilha e Niterói, o ônibus escolar ainda consegue passar, garantindo o acesso de alguns alunos. Contudo, essa situação pode mudar a qualquer momento, dependendo do aumento do nível das águas.

A Semed se solidariza pela situação e solicita a compreensão e apoio da comunidade, enfatizando que esta decisão visa garantir a segurança dos alunos, professores e demais profissionais da educação.

REPOSIÇÃO

Leonardo Leocádio, secretário titular da Semed, destacou que outras escolas poderão ter suas atividades suspensas gradativamente, conforme a necessidade, a fim de evitar prejuízos aos estudantes. “Reiteramos que o calendário escolar será reprogramado para assegurar o cumprimento dos 200 dias letivos e das 800 horas estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação”, afirmou.

O secretário reforçou que a reposição da aprendizagem dos alunos será garantida, evitando qualquer prejuízo ao seu desenvolvimento educacional. “Para isso, serão adotadas estratégias pedagógicas adequadas, assegurando que os conteúdos essenciais sejam trabalhados de forma eficaz. Além disso, a Equipe da Divisão Rural está prestando suporte ativo aos supervisores e diretores, colaborando na implementação dessas medidas e garantindo que o processo de ensino-aprendizagem ocorra da melhor maneira possível, mesmo diante dos desafios enfrentados”, concluiu.

Texto: Meiry Santos | Foto: Semed