RO, Sexta-feira, 09 de maio de 2025, às 4:50






Capital ganha escultura de preguiça gigante em tamanho real, apresentada ao público pelo SGB, na próxima 2ª, em Porto Velho

A partir de sua apresentação ao público, na próxima segunda-feira, 4 (ver convite), o espaço fica aberto ao público no horário comercial - das 8h às 12h e das 14 às 18h - de segunda a sexta-feira

PORTO VELHO – Para divulgar e valorizar o passado, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) que abarcou o trabalho da (CPRM) Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais executou projeto de construção de uma escultura em tamanho natural de uma preguiça-gigante, da espécie que habitou esta região há mais de 10 mil anos e foram extintos durante a “Era do Gelo”.

A escultura com quatro metros de altura – o tamanho real das preguiças gigantes – é uma obra do renomado escultor rondoniense Bruno Ferreira é montado em cimento e ferro. Foram oito meses de trabalho desde o início da obra até sua conclusão, este mês.

A partir de sua apresentação ao público, na próxima segunda-feira, 4 (ver convite), o espaço fica aberto ao público no horário comercial – das 8h às 12h e das 14 às 18h – de segunda a sexta-feira.

O evento, que acontece dia 4 de novembro, a partir das 9h30, na sede do Serviço Geológico, localizada à avenida Lauro Sodré, 2561, na capital, vai reunir num único espaço arte e ciência para promover também a popularização das geociências e a importância de conhecer o passado para preservar o futuro.

Em 2023, o mapeamento inédito criou passeio virtual pela maior paleotoca do Brasil construída por preguiças-gigantes. Estes animais pré-históricos viveram na região Amazônica há mais de 10 mil anos e foram extintos durante a “Era do Gelo”.

Paleotoca descoberta em Rondônia tem mais de 600 metros de extensão e chega a medir três metros de altura. Os descendentes destas espécimes são os bichos-preguiça que conhecemos hoje, que possuem menos de um metro de comprimento.

História

A Amazônia ao longo de sua historia mais recente (30.000 anos) experimentou situações climáticas distintas. Houve a chamada “Era do Gelo”, não manifestada em presença de gelo, mas um clima frio, seco e predomínio de savanas e apenas com alguns nichos florestais.

Esse cenário favoreceu o desenvolvimento de uma megafauna representada pornimais de grande porte tais como mastodontes, preguiças-gigantes toxodontes, gliptodontes, entre outros, que se espalhavam desde o Caribe até a Patagônia.

Com a mudança gradual do clima passando a ser mais quente, chuvoso e avanço da vegetação, esses animais foram gradualmente extintos, datados aproximadamente entre 11.000 a 10.000 anos atrás.

O geólogo Amilcar Ádame, um gaúcho que chegou a Rondônia em 1971, pouco antes da explosão migratória que surgiria a partir de 1974 até o final daquela década, iniciou muito jovem suas atividades de pesquisas geológicas em Rondônia pela então Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM). Atualmente, ele está nos quadros do SGB em Rondônia.

Ádame é uma enciclopédia da geologia de Rondônia e, ao falar, passa a sensação de ver a execução desta escultura da preguiça gigante como um legado da geologia sobre este importante patrimônio.

Pesquisas recentes identificaram fragmentos fosseis no Rio Madeira, graças a atividade garimpeira. Mais recente ainda foi a descoberta da paleotoca de Vista Alegre do Abunã a qual se seguiram outras.

Com informações do geólogo Amilcar Ádame do SGB em Rondônia

www.expressaorondonia.com.br
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