SÃO FRANCISCO – Um problema que já dura muitos anos, estimulado até pela letargia instalada no Incra desde o fim do milênio passado – as sucessivas disputas pelas terras produtivas em Rondônia, especialmente na região da BR-429, onde há forte produção agrícola em seus cinco municípios. Nessa região, supostos sem-terra já invadem e destroem benfeitorias e propriedades rurais, com autênticas táticas de guerrilha.
Agora, o estado está na eminência de ver o problema se agravar ainda mais, com a notícia de que um grupo subversivo denominado contraditoriamente de ‘Liga Operária Camponesa’ – é operária ou é camponesa? – também virá se instalar em Rondônia para intensificar as ações de invasões de propriedades rurais.
Seria o caldo que fermenta uma futura guerrilha rural da esquerda?
Na região há muitas queixas de produtores e de entidades representativas dos moradores que acusam a falta de uma ação mais enérgica das autoridades em Porto Velho. E eles demostraram isso no último final de semana, quando numa reunião em São Francisco, decidiram iniciar a mobilização na Carreta pela Paz na 429”, reunindo produtores rurais e moradores dos municípios de Costa Marques, São Francisco, Seringueiras, São Miguel e Alvorada.
Frase como “Esses caras (os invasores) só respeitam mesmo o Exército”, e outras similares também foram ouvidas durante a reunião em São Francisco, quando moradores decidiram se juntar para tentar trabalhar em paz.
Pelo seu lado o governo estadual enviou nesta terça-feira uma nota informando estarem sendo feitas ações para se antecipar a novas invasões e que “A BR-429 já conta com atuação conjunta da PM com a Polícia Rodoviária Federal, sendo que, com a chegada da Força Nacional, prevista para o fim deste mês de maio, essas ações vão ser ainda mais intensificadas”, disse a nota.
Durante a carretada pela paz, houve citações, conforme informações coletadas de pessoas que estavam no local, de que além da LCP, MST, começa a chegar a Rondônia outra organização, que já atua há 20 anos em Minas Gerais e Goiás, a Liga Operária Camponesa que, conforme uma fonte consultada pelo site, seria de ações mais violentas que as duas já funcionando no Estado.
O site procurou a Federação da Agricultura de Rondônia e não conseguiu uma posição. Também solicitou posição da Associação Comercial de São Miguel do Guaporé a respeito do assunto.
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