RO, Sábado, 26 de abril de 2025, às 10:52






Aylla Beatriz, de 1 ano e 5 meses, é atropelada pelo carro do avô e morre, em Vilhena; mãe faz revelações comoventes

“A gente ia fazer uma noite de pizza, e todos nós juntamos uma quantia em dinheiro para contribuir. Eu tinha feito aniversário no dia 22, e no dia 25 perdi minha filha”

VILHENA – Um descuido e pronto! Acontece uma tragédia família. Uma garotinha de 1 ano e 5 meses morreu após ser atropelada por um carro dirigido pelo avô, dentro do próprio quintal. O que era para ser uma noite de encontro em família regado a pizzas e refrigerantes transformou-se em choro, dor e desespero.

Em uma entrevista emocionante concedida ao Folha do Sul on Line na madrugada deste sábado, 26, a mãe da garotinha Aylla Beatriz Silva de Andrade, que morreu ontem no Hospital Regional de Vilhena após um acidente doméstico, falou sobre a tragédia pessoal que continua enfrentando.

Fernanda, a mãe de Aylla, explicou que mora em uma das quatro casas da família que ficam no mesmo terreno no bairro Parque Cidade Jardim, e ontem haveria um evento especial para reunir os parentes. “A gente ia fazer uma noite de pizza, e todos nós juntamos uma quantia em dinheiro para contribuir”.

Os sogros da jovem pegaram o valor arrecadado e foram comprar a pizza. Na volta, o avô de Aylla entrou de ré com o carro, sem ver a menina. A própria mãe ouviu, de dentro do quarto onde estava com o marido, se preparando para dar banho na bebê, ouviu o barulho do portão se abrindo.

Ao sair, a pedido da esposa, para ver o que estava acontecendo, o pai da criança começou a gritar. Nesse momento, no próprio carro, os avós da garotinha a levaram para o hospital, onde chegaram em desespero, carregando-a nos braços.

Entrando no nono mês da terceira gestação, Fernanda, que havia feito aniversário três dias antes, chegou a chamar um mototáxi para ir acompanhar o atendimento à filha, e também levar os documentos dela, que estavam sendo pedidos na unidade de saúde.

Os vizinhos aconselharam a pedir para que a viatura da PM a levasse. A mãe conta que, como “os policiais não fizeram nada”, ela entrou no carro de um vizinho, que a levou ao HRV, onde os médicos tentaram, por cerca de 40 minutos, reanimar a pequena acidentada.

‘Demorou bastante, mas a médica veio e disse que infelizmente o pulmão machucou muito, e ela teve uma parada cardíaca; fizeram a reanimação, mas sem sucesso”, conta a mãe, relatando o drama que viveu ao receber a notícia de que tinha acabado de perder a única filha.

Muito abalada, a gestante revelou: “E foi assim que, com 1 ano, 5 meses e 5 dias, minha Aylla foi morar com Deus. Eu tinha feito aniversário no dia 22, e no dia 25 perdi minha filha”. O primeiro filho dela foi um menino, mesmo sexo do que deve nascer em breve.

Reunindo todas as suas forças, a entrevistada deixou uma mensagem comovente para os leitores do Folha do Sul, especialmente os que são pais: “aproveitem os filhos de vocês, porque o amanhã ninguém sabe; minha princesa estava a tarde toda brincando no quintal e a noite aconteceu tudo isso”.

Fonte: Folha do Sul on Line


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