PORTO VELHO – Um jovem criminoso de 21 anos foi executado a tiros enquanto transitava em uma motocicleta com seu pai. Dois homens em outra motocicleta emparelharam com a moto em que Eduardo estava e o carona fez vários disparos de pistola, matando-o na hora. O pai ficou em choque. A polícia investiga a possibilidade de acerto de contas. E assim, Porto Velho vai ganhando contornos de cidade sem Lei. Na quarta-feira, outra apenado, este em recuperação, frequentando programa de ressocialização e trabalhando no CPA, também foi atacado a tiros por uma dupla numa motocicleta, a poucos metros do Tribunal de Justiça de Rondônia.
É uma espécie de autofagia do crime, fazendo a assepsia entre os iguais.
O homicídio desta quinta-feira, ocorreu a rua Caetano, no Bairro Caladinho, Zona Sul de Porto Velho.
A vítima, um jovem de 21 anos, bem apessoado, mas detentor de ficha policial, o ex-presidiário Eduardo Henrique Tavares Gonzáles, de 21 anos.
Eduardo tem ficha no sistema penitenciário, incurso no artigo 180 do Código Penal Brasileiro, cuja definição é a seguinte: Art. 180 – Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Outra pegadinha daquelas da madrasta legislação brasileira, já que condenado a até quatro anos de cadeia dificilmente cumpre pena, porque lhe oferecido a possibilidade de fazer transação penal e substituir a pena de prisão por prestação de serviços comunitários ou pagamentos de sexta básica.
De acordo com testemunhas, Eduardo e o pai, um senhor de 44 anos, transitavam de moto, quando dois indivíduos em uma moto que estariam seguindo o rapaz se aproximaram e um dos suspeitos sacou uma arma, fez vários disparos em direção as vítimas e depois fugiram.
Alvejado com vários tiros, Eduardo morreu na hora. Já o pai dele ficou lesionado apenas por ter caído da moto. Uma ambulância do Samu foi acionada e fez a constatação do óbito.
Durante os trabalhos da perícia foram localizadas e apreendidas cinco capsulas de pistola calibre .40. Em seguida o corpo foi removido ao IML pelo rabecão.
Bastante emocionado e abalado com a execução do filho em via pública, o pai do rapaz não teve condições de relatar o ocorrido a polícia.
Agentes da delegacia de homicídios deram início às investigações e já trabalham com a possibilidade de um acerto de contas.
www.expressaorondonia.com.br, com reportagem de Sérgio Gomes
