Não interessa qual a motivação que seja atribuída ao ato, qualquer ação terrorista no governo Putin é imediatamente atribuída ao autor que maior interesse provoca no Kremlin identificar, catalogado nos arquivos da KGB.
Tem sido sempre assim e a explosão que causou a morte da filha de um dos mais importantes assessores do czar republicano não fugiu à regra. O responsável pelo atentado é o governo da Ucrânia, ainda que um ex-integrante do parlamento russo, exilado na Ucrânia, mas dotado de identidade própria, tenha assumido publicamente a autoria.
De qualquer maneira, Victor Serge, um dos mais importantes integrantes dos movimentos revolucionários do século passado, incluindo a revolução bolchevique de 1917, à qual Putin retorna, combinando-a com a autocracia dos czares. Sobre a atuação de um grupo de revolucionários extremistas na Paris no início do século XX, ele diz:
“A “A causa mais imediata de sua luta e queda me pareceu estar na sua falta de contato humano. Só viviam entre eles. Separados do mundo, num mundo de resto onde se está quase sempre preso a um meio medianamente rico e restrito”.
O terrorismo revolucionário engendra e alimenta o terrorismo de Estado, fato que tem sido uma das causas das tragédias frequentes na história da grande Rússia. Mais um capítulo, Putin o escreverá a partir de agora.
