RO, Sábado, 31 de maio de 2025, às 18:24






Após morte de moradora de Mato Grosso, Folha do Sul denuncia ‘agenciamento’, em Vilhena, para cirurgias estéticas na Bolívia

O laudo necroscópico revelou que a morte foi causada por choque hipovolêmico (perda de sangue) provocado por lesão na veia cava (uma das veias ligadas ao coração)

VILHENA – A morte, no último domingo, 25, de uma mulher de 43 anos, moradora de Mato Grosso, vítima do que aparenta ser um erro médico na Bolívia, leva o jornal Folha do Sul on Line a constatar que, em Vilhena, existem pessoas que encaminham pacientes para o país vizinho.

A mulher, que morreu após ser atendida em uma clínica na cidade de Santa Cruz de La Sierra, se chamava Marli Alves Rego. Segundo o jornal El Deber, era o segundo procedimento estético feito pela vítima nos últimos sete meses.

De acordo com o Ministério Público da Bolívia, Marli chegou ao país na semana passada e morreu cinco dias atrás. O laudo necroscópico revelou que a morte foi causada por choque hipovolêmico (perda de sangue) provocado por lesão na veia cava (uma das veias ligadas ao coração).

“A filha da vítima disse que ela havia vindo ao país para uma primeira cirurgia, mas não ficou satisfeita e voltou. Até a filha afirmou que a mãe sabia dos riscos envolvidos nesses procedimentos”, declarou o promotor Daniel Ortuño.

Marli procurou outro cirurgião para fazer novo procedimento por não gostar do resultado do primeiro. Esse profissional está sendo investigado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). O cirurgião foi convocado para depor na próxima semana.

EM VILHENA

Pelo menos três vilhenenses, que se apresentam como “promotoras”, são encarregadas de agenciar pacientes em busca de cirurgias estéticas na Bolívia. Uma delas garante que exige vários exames, para que as pacientes sejam atendidas com segurança do outro lado da fronteira.

Apesar do “preparatório”, a agenciadora admite que muitas mulheres (mas homens também buscam o serviço), ansiosas por se submeterem ao procedimento, acabam mentindo e até adulterando os exames, colocando em risco a própria vida em clínicas bolivianas.

“VALEU A PENA”

O site conversou com uma vilhenense que, dois anos atrás, viajou para a Bolívia, onde o implante de silicone nos seios é muito mais barato do que no Brasil. Ela elogiou tanto a “promotora” vilhenense, quanto os profissionais bolivianos que a atenderam.

Mas, a entrevistada garante que o sucesso de sua cirurgia, com a qual ela se diz satisfeita, se deve ao fato de ter feito todos os exames médicos exigidos pela clínica do país vizinho.

ACIDENTE

Pouco tempo atrás, após sofrer um acidente de moto, a vilhenense precisou refazer a cirurgia, já que um dos seios ficou danificado após ela sofrer uma queda no asfalto. “Voltei lá e foi tranquilo. Ficou maravilhoso”, garante a funcionária de 58 anos, de uma indústria em Vilhena.

Fonte: Midia Max, via Folha do Sul on Line

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