PORTO VELHO – A Polícia Militar de Rondônia tem boa reputação entre todas suas congêneres no Brasil em quesitos como uso de violência contra o cidadão, corrupção, entre outros. Ainda assim, vez por outra, alguma integrante da nossa briosa acaba se excedendo no cumprimento da missão.
Mas, em contrapartida, o combate a esses excessos nunca foi negligenciado, desde os tempos do garimpo no rio Madeira, quando muitos policiais se envolviam até em chacinas. A justiça sempre teve mão pesada contra quem adotava esse comportamento.
Na tarde desta segunda-feira, 25, o delegado de plantão da Central de Flagrantes da Polícia Civil em Porto Velho, deu voz de prisão a uma guarnição da Polícia Militar, acusada pelos crimes de falsidade ideológica e falsa denunciação.
A guarnição, composta por um soldado, um cabo e um sargento, apresentaram o plantão da Polícia Civil, um adolescente, 17 anos, e um jovem, 20 anos, acusados do crime de porte ilegal de arma.
No boletim de ocorrência, os militares relataram que patrulhavam pela rua Raimundo André, Bairro Cidade Nova, quando viram a dupla em atitude suspeita. Eles estavam em duas bicicletas.
A guarnição narrou ainda, que avistou quando o jovem, de 20 anos, passou algo aparentando ser uma arma de fogo para o adolescente.
Os policiais disseram que abordaram a dupla e, na revista pessoal, foi encontrado um revólver calibre 38 com quatro munições em poder do adolescente.
Afirmaram ainda que o adolescente relatou ter alugado a arma de um conhecido, para praticar assaltos.
Desconfiado de alguns fatos desconexo no relato dos militares, o delegado de plantão na Central de Flagrantes, determinou que uma equipe de policiais civis diligenciasse para apurar o fato narrado pelos policiais. Os agentes acabaram constatando através de câmeras de segurança da região onde ocorreu o fato, que o jovem, de 20 anos, não passou nenhuma arma para o menor.
Ao serem ouvidos pelo delegado, dois integrantes da guarnição reafirmaram que viram o jovem passar a arma ao adolescente. Um terceiro PM voltou atrás, mas isso não o livrou da responsabilidade.
Após ser confirmado que os policiais tentaram forjar um crime, os três receberam voz de prisão e foram encaminhados para a Corregedoria da Polícia Militar. O caso foi acompanhado pela Coordenadoria de Policiamento Ostensivo da Capital, apurou o jornal.
Os jovens detidos não foram presos.
Com informações do rondoniagora.com
