RO, Sábado, 17 de maio de 2025, às 13:17






Atualização sobre as negociações de cessar-fogo entre Israel e terroristas do Hamas

Discussões indiretas foram retomadas no Catar neste sábado, 17, em meio a intensos bombardeios israelenses em Gaza

As negociações de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas foram retomadas neste sábado (17) em Doha, no Catar.

Divulgação/Forças de Defesa de Israel

As discussões ocorrem após uma campanha intensa de ataques israelenses que mataram ao menos 300 palestinos desde quinta-feira (15), segundo as autoridades de saúde de Gaza.

Taher Al-Nono, assessor de imprensa da liderança do Hamas, disse à agência de notícias Reuters que as negociações abordam questões como o fim da guerra, a troca de prisioneiros, a retirada de Israel de Gaza e a retomada da ajuda humanitária, sem pré-condições.

A delegação do Hamas busca um acordo que atenda às necessidades dos 2,3 milhões de habitantes do enclave, que enfrentam uma crise humanitária agravada pela suspensão de suprimentos por Israel desde março.

O Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, confirmou à Reuters que as negociações visam a libertação de reféns israelenses mantidos pelo Hamas, mas destacou que Israel não aceitou previamente um cessar-fogo ou o fim do bloqueio.

Katz também afirmou à rede britânica Sky News que o Hamas inicialmente se recusou a negociar sem o fim da guerra, mas, após os recentes ataques aéreos e a mobilização de tropas, o grupo concordou em discutir “seriamente” um acordo. Ele alertou, porém, que a operação militar continuará caso as negociações não avancem.

A atual onda de bombardeios, descrita como uma das mais letais desde março, atingiu principalmente cidades no norte de Gaza, como Beit Lahiya e o campo de refugiados de Jabalia, além de Khan Younis, no sul.

Segundo o Ministério da Saúde palestino, que é comandado pelo Hamas, cerca de 150 pessoas morreram e outras 450 ficaram feridas em um ataque isralenese lançado contra Gaza neste sábado.

Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas, fez 250 reféns e desencadeou a guerra atual, as ofensivas militares de Israel já causaram mais de 53.000 mortes em Gaza, segundo os palestinos.

Primeiro cessar-fogo
Um cessar-fogo entre 19 de janeiro e 17 de março deste ano permitiu a libertação de 33 reféns israelenses, incluindo oito que morreram, em troca de cerca de 1.800 palestinos detidos por Israel.

No entanto, em 18 de março, Israel retomou sua ofensiva na Faixa de Gaza para pressionar o Hamas a libertar os reféns restantes. Um mês depois, o país propôs uma nova trégua de 45 dias, que incluía a troca de reféns por prisioneiros palestinos e a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Os terroristas rejeitaram a proposta.

No último dia 5, Israel aprovou um plano militar para ocupar definitivamente a faixa de Gaza e assumir o controle do território.

Israel intensificou os preparativos militares, com tanques e tropas posicionados na fronteira, visando expandir o “controle operacional” em Gaza, segundo um comunicado do exército israelense ao qual a Reuters obteve acesso.

O Hamas acusou Israel de conduzir uma “campanha sistemática de extermínio” no norte de Gaza, pedindo, em comunicado citado pela Reuters, que líderes árabes reunidos em uma cúpula em Bagdá tomem medidas para deter a agressão e garantir a entrega de ajuda.

Os líderes da Liga Árabe, na mesma cúpula, prometeram esforços para um cessar-fogo e apoio à reconstrução de Gaza após o conflito, de acordo com a Sky News.

Fonte: R7
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