Homem morre ao tocar em cerca eletrificada improvisada pelo padrasto em Porto Velho

O metalúrgico Andrei Marques da Silva, 33 anos, morreu eletrocutado na madrugada deste sábado após tentar entrar no depósito de sucatas mantido por seu padrasto, no bairro Nova Esperança, zona norte da capital. Segundo a Polícia Militar, o proprietário, de 49 anos, havia instalado de forma clandestina um fio ligado diretamente à rede elétrica para evitar furtos no galpão.

De acordo com o boletim de ocorrência, Andrei escalou o muro do imóvel por volta das 2h e encostou na fiação energizada. Vizinhos ouviram o barulho e chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que apenas constatou o óbito no local.

A área foi isolada para perícia. O laudo preliminar do Instituto de Criminalística confirmou morte por eletrocussão. O padrasto, identificado como responsável pela armadilha, foi preso em flagrante e conduzido à Delegacia de Polícia Civil. O caso foi registrado, inicialmente, como homicídio culposo — quando não há intenção de matar — em razão da instalação irregular, montada com o objetivo declarado de proteger o patrimônio.

A Polícia Civil vai apurar se houve dolo eventual — quando o autor assume o risco de provocar morte — e se outras pessoas corriam perigo. A concessionária de energia também foi chamada para desligar a ligação clandestina e avaliar riscos à vizinhança.

Especialistas em segurança lembram que cercas ou dispositivos elétricos improvisados são proibidos pela legislação brasileira. Além de não oferecerem garantia de proteção, podem resultar em responsabilização criminal e civil quando causam ferimentos ou mortes.