RO, Segunda-feira, 21 de abril de 2025, às 10:22






Avião que levou a Vilhena os corpos dos mortos na ambulância não poderia ter sido usado para transportar as pessoas vivas?

Após tragédia, compra de avião proposta por prefeito do Cone Sul de Rondônia para transportar pacientes, deixa de parecer exagerada, mas Silvano Almeida, de Cabixi, ainda não tirou a ideia do papel

VILHENA – É razoável por causa da falta de uma UTI neonatal perder seis vidas de forma trágica, em uma viagem noturno por quase 800 quilômetros em uma das rodovias mais perigosas do país? Com a palavra, os senhores secretários de Saúde, prefeitos, Governador, senadores, deputados federais e estaduais. Será que não está na hora de se comover com a dor do próximo e, já que não se faz o dever de casa – com cada cidade tendo estrutura de verdade para atender com dignidade seus moradores e os moradores do entorno – estruturar em forma de consórcio com dois ou mais municípios compartilhando.

O mesmo avião dos bombeiros que fora utilizado para levar os corpos das vítimas da insensatez e do acidente não poderia ter sido utilizado para transportar as pessoas vivas?

Como o modelo de funcionamento da saúde em Rondônia é concentrado em Porto Velho, onde acontece as intervenções de maior complexidade, será que não passou da hora de cidades polos, como é o caso de Vilhena, se unir a outras da região para estruturar o serviço de transporte aéreo de pacientes?

“Ah, mas isto custa muito caro”, poderá dizer alguém que gosta de economizar quando é para devolver ao povo aquilo que ele tem direito?

Some-se as indenizações que certamente o estado terá de pagar pela morte precoce destas seis pessoas e verás que a equação terá resultado muito mais promissor se acabar com o transportes de pessoas doentes em ambulâncias pela BR-364.

De tragédia em tragédia e à custa de muitas vidas humanas inocentes o cidadão brasileiro vai percebendo que quase nada neste país funciona a seu favor e que os salgados impostos arrancados mês a mês de cada um só serve mesmo para bancar mordomia para alguns.

A tragédia envolvendo pacientes e servidores públicos de Vilhena, que morreram ontem, vítimas de um acidente na BR 364, comoveu Rondônia e inspirou debates nas redes sociais sobre o transporte de pacientes, que peregrinam de uma cidade para outra em busca de tratamento médico.

Duas das vítimas, mãe e filha, haviam sido transferidas de Alta Floresta para Vilhena, e daqui a gestante precisou ser enviada para Porto Velho,

pois a UTI neonatal, que o bebê dela iria precisar ao nascer, estava lotada, mesma situação verificada em Ji-Paraná e Ouro Preto do Oeste, as outras duas únicas cidades do interior de Rondônia que dispõe desse tipo de estrutura.

Diante da dor coletiva causada pela fatalidade, até uma promessa de campanha que, na época parecia exagerada, começa a fazer sentido: a compra conjunta de um avião para levar pacientes do Cone Sul para hospitais em outras cidades do Estado.

A proposta é do prefeito de Cabixi, Silvano Almeida, do MDB, que ainda não saiu do papel (e talvez nem saia), que prevê um investimento conjunto na aeronave-ambulância. Pode ser que, com o acontecimento trágico, a ideia comece a avançar, apesar das dificuldades financeiras e logísticas (ENTENDA AQUI).

Fonte: www.expressaorondonia.com.br, com informações da Folha do Sul on Line

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Médica, motorista, grávida e sua acompanhante morrem na hora, em batida frontal de ambulância com carreta na BR-364


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