RO, Segunda-feira, 21 de abril de 2025, às 3:41






Sexta-feira Santa em Porto Velho: tradição religiosa é marcada por fé e protesto contra preços abusivos nos supermercados

Enquanto as famílias se esforçam para manter a fé e as tradições vivas durante a Semana Santa, cresce também o apelo por mais equilíbrio nos preços e respeito ao consumidor

Miro Costa

PORTO VELHO – A Sexta-feira Santa, uma das datas mais simbólicas para os cristãos, é momento de reflexão, fé e respeito à tradição que relembra o sacrifício e a crucificação de Jesus Cristo. Em Porto Velho, como em todo o país, muitos fiéis mantêm o costume de jejuar ou substituir a carne vermelha por peixes e alimentos mais leves. Mas neste ano, o que deveria ser um momento de recolhimento está sendo marcado também por revolta: o preço dos ovos de Páscoa e dos pescados subiu de forma significativa em relação ao ano passado.

Um levantamento realizado pelo jornalista Miro Costa nesta quinta-feira (16) em diversos supermercados da capital constatou o impacto no bolso dos consumidores. “Os preços estão altíssimos, e a diferença em relação a 2024 é absurda”, relata.

Geane Ferreira Pereira, de 31 anos, analista de desenvolvimento de sistemas, relatou a dificuldade em manter a tradição. “Eu já achei ovos de 80 até 180 reais. Comprei um por 25 reais, com apenas 80 gramas. É muito caro! Peixes como tambaqui e jatuarana, que são os mais procurados, estão com aumento de até 30 reais por quilo”, afirmou.

Benedito Prestes da Chagas, 62 anos, também demonstrou indignação. “Todos os anos eu comprava ovos de Páscoa pra minha esposa e filhos, mas este ano está impossível. Veja só: um Kinder Ovo de 150g custa R$ 92,98. O bacalhau, então, chega a R$ 118,75 o quilo. E o filé de pintado com pele está R$ 44,90. Isso é um absurdo”, criticou. “Deveria haver uma fiscalização mais rigorosa nesses supermercados”, completou.

 

Enquanto as famílias se esforçam para manter a fé e as tradições vivas durante a Semana Santa, cresce também o apelo por mais equilíbrio nos preços e respeito ao consumidor. A esperança dos rondonienses é que as próximas celebrações possam ser marcadas não só pela religiosidade, mas também pelo respeito ao seu poder de compra.

Texto e fotos: Miro Costa

www.expressaorondonia.com.br


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