Acusado de matar Victor Davy, em Vilhena, era faccionado do PCC e se envolveu em execução, por engano, de 2 mecânicos em Mato Grosso

VILHENA – O suspeito de assassinar por motivos fúteis o garoto Victor Davy da Silva Pedrosa, de 12 anos, quinta-feira passada, em Vilhena, Pablo H. N. F. é faccionado ligado ao PCC e se envolveu em uma execução por engano de dois mecânicos, em 202, na cidade de Cáceres (MT), numa guerra contra membros do comando vermelho. a polícia descobriu essas informações através da identificação do revolver calibre 38 usado para atirar em Victor.

Esse mesma arma fora usada na execução dos mecânicos, em Cáceres, três anos atrás.

Agora, a polícia tenta descobrir se Pablo teve participação direta na execução dos mecânicos ou se apenas a arma estaria com ele agora.

Na semana anterior à morte de Victor, Pablo fez um assalto à mão armada em pleno meio dia contra dois garotos em uma lanchonete do bairro Maria Moura. Um dos garotos teria tirado sarro de Pablo, o que teria motivado o disparo na parede da lanchonete, para intimidar.

Inconformado de ter sido ‘zoado’ por um garoto, Pablo passou a procurar por Victor e quando o encontrou, executou-o.

Ele chegou a ser preso no dia seguinte ao assalto, mas o juiz o liberou para continuar livre nas ruas de Vilhena, que há muito deixou de ser um lugar tranquilo para se viver.

Através de fontes policiais em Mato Grosso, a reportagem do site Folha do Sul on Line obteve a informação de que o homem preso em Vilhena esta semana, acusado de ser o autor do disparo que matou o menino Victor Davy da Silva Pedrosa, de 12 anos, já foi preso na cidade de Cáceres (MT), em 2022.

Pablo H. N. F., que nega ter matado Victor, prestou depoimento, mas o teor do interrogatório está sendo mantido em sigilo por enquanto. O comparsa dele na execução do garoto ainda não foi identificado, mas está sendo caçado em toda a cidade.

Segundo apurou a reportagem, três anos atrás quatro faccionados do PCC foram presos e dois adolescentes apreendidos por policiais militares de Cáceres, logo após um duplo homicídio na cidade mato-grossense.

Na época, os suspeitos tinham entre 16 e 25 anos, e estavam com revólveres calibre 38 e 32, diversas munições, porções de drogas, balança de precisão e luva. Pablo fazia parte do grupo de faccionados

Um dos menores contou, na ocasião, que as armas apreendidas haviam sido usadas para matar os mecânicos Sandro Gonçalves Perine, 34, e Arison Rafael Ramos da Silva, 22 (na foto), que teriam sido executados por engano pelos faccionados do primeiro comando da capital (PCC). O crime aconteceu no bairro Cavalhada, em Cáceres.

Durante depoimento, os presos disseram que as vítimas foram mortas por engano e que o alvo seria outro mecânico, que trabalhava na mesma oficina. Segundo eles, esse outro mecânico pertence ao comando vermelho, facção rival. As duas organizações ainda protagonizam uma “guerra” em Cáceres, conforme o delegado Marlon Richer Nogueira.

Os faccionados acreditavam que esse mecânico tinha relação com o ataque dentro de um bar lotado, em Cáceres. O atentado aconteceu na noite de 3 de junho de 2022, e três pessoas acabaram baleadas. Em decorrência do ataque, a técnica de enfermagem Luiza Gonçalves Veloso, de 39 anos, morreu após 15 dias internada.

Apesar da apreensão das armas, e da confissão do adolescente de que elas teriam sido usadas no duplo homicídio, a polícia de Mato Grosso não confirmou a participação de Pablo no crime.

Os investigadores da morte de Victor Davy, no entanto, estão analisando os processos judiciais que o envolvem Pablo em crimes no Estado vizinho.

Fonte: Olhar Direto, via Folha do Sul on Line

Foto: Olhar Direto

www.expressaorondonia.com.br

VOCÊ LEU AQUI

Acusado de matar menino de 12 anos seria o mesmo que aparece em vídeo assaltando garotos ao meio dia, em Vilhena