RO, Terça-feira, 22 de abril de 2025, às 15:11






Duas hipocrisias precisam ser afastadas no combate à violência contra a mulher

Isso mostra que a medida protetiva em si não poupa a vida de ninguém e, como é impossível botar um segurança para cada mulher ameaçada pelo companheiro, muitas vezes a única saída é manter o agressor atrás das grades

Carlos Araújo

PORTO VELHO – Porque tem coisas no Brasil que demoram tanto a ser percebida e a ser corrigida pelo poder público? O caso da bem intencionada medida protetiva que uma autoridade emite para impedir que o homem violento se aproxime da mulher vítima de violência é um desses instrumentos que pouco evita a morte de mulheres. O motivo deve ser porque o a agressor de mulheres sabe que, quando mata uma, ficará tão pouco tempo preso que o crime compensa.

O outro caso é que algumas autoridades policiais não divulgam o nome do agressor, permitindo que ele continue a conviver em sociedade sem que ninguém saiba que é um covarde que agride a esposa.

São tantos casos de mulheres que são mortas pelo companheiro (?) mesmo tendo contra ele uma medida protetiva, em Rondônia e no Brasil, que há de suscitar a pergunta: será que as autoridades policiais não estão falhando na avaliação da periculosidade dos agressores de mulher?

Isso mostra que a medida protetiva em si não poupa a vida de ninguém e, como é impossível botar um segurança para cada mulher ameaçada pelo companheiro, muitas vezes a única saída é manter o agressor atrás das grades.

Mas há no Brasil um falatório contra a prisão, tipo o Brasil prende muito e alguns juízes – e delegados também – que tomam para si a responsabilidade da avaliação e, ao invés de manter o agressor recolhido, institui uma medida protetiva e avisa ao meliante que ele não pode se aproximar de sua vítima.

Isso não tem sido suficiente para poupar a vida de muitas mulheres.

Lembram-se do que aconteceu com aquela professora da Fimca, cujo marido agressor ganhou o direito de pagar uma fiança, foi solto e, em seguida, foi ao Candeias e matou a moça e quase mata também o pai dela.

Isso não seria fato suficiente para reavaliar a concessão de medida protetiva?

Na noite deste domingo, um covarde agressor de mulher, que havia sido solto após ficar recolhido uns dias por agredir a esposa, encontrou a solução definitiva para o caso dele: o sogro estava na igreja quando foi avisado de que o genro estava agredindo a filha novamente.

Assim que ele foi avisado, saiu da igreja, passou em casa, pegou uma espingarda calibre 16, destas de matar animais de grande porte, e disparou contra a cara do agressor.

Este aí nunca mais vai precisar de medida protetiva e nem agredirá outras mulheres

Carlos Araújo – editor

www.expressaorondonia.com.br


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