Presidente da Câmara de Cerejeiras se nega a explicar, mas esposa de vereador “bota pressão” e servidora é exonerada

CEREJEIRAS – Um caso de assédio pode estar sendo camuflado nas ‘coxias’ da Câmara de Vereadores desta cidade, onde, depois de muita pressão da esposa de um vereador, o presidente da Câmara vereador Selso Lopes (União) teve de demitir uma servidora comissionada. A situação constrangedora que teria acontecido na Casa já é de conhecimento de grande parte da população daquela cidade.

Enquanto se desenvolve campanhas e tenta conscientizar a população para o combate a todo tipo de assédio, está exatamente em muitos órgãos públicos a maior dificuldade de combate à esta prática, em função da influência política eleitoral.

E agora, tem o componente de políticos eleitos para os mais variados cargos públicos pensar que não precisa dar satisfação à opinião pública. Quem não quer prestar contas de sua vida pública, não se candidato a cargo político.

Na manhã desta terça-feira, 18, a reportagem do site Folha do Sul on Line, de Vilhena, ligou para o presidente da Câmara de Vereadores de Cerejeiras, Selso Lopes (União), e o questionou sobre o ’embroglio’. Ele ‘deu de ombros’ e se negou a dar explicação de um fato que já é público na cidade.

O vereador está presidindo uma Câmara, paga com dinheiro do contribuinte. Deve, portanto, prestar contas de seus atos, sim.

Ao explicar o caso envolvendo um outro parlamentar, cuja esposa esteve recentemente na Câmara exigindo a demissão de uma servidora, o Folha do Sul on Line esperava uma resposta, que não foi dada. Não se sabe o motivo da exigência, mas o fato é que a mulher, que é casada, foi exonerada do Parlamento cerejeirense por determinação de Selso.

Embora tenha confirmado os mesmos fatos a outro jornalista, Lopes reagiu assim quando foi contatado pela reportagem deste site: “eu não sei do que você está falando”. Quando questionado sobre a possibilidade de ser acusado de responder pelo crime de prevaricação, diante da suspeita de que o colega teria assediado outra servidora, o presidente também desconversou.

Outros políticos de Cerejeiras que já tomaram conhecimento do episódio podem levar o caso até o Ministério Público, a quem compete investigar as suspeitas envolvendo o político, já que os companheiros de parlamento dele não parecem dispostos a se envolver no escândalo.

Fonte: www.expressaorondonia.com.br, com textos do Folha do Sul on Line