RO, Terça-feira, 22 de abril de 2025, às 16:37






Chacinados em Mutum eram grupo familiar criminoso, veio de Ariquemes e Buritis e estavam na área há poucos dias

PORTO VELHO – A morte – com características de execução premeditada – de seis pessoas em um assentamento na região de Mutum Paraná, aqui nos arredores de Porto Velho, começa a se descortinar como um acidente de trabalho para um grupo familiar que arregimentou mais uns membros para viver do crime. De acordo com levantamentos da reportagem deste www.expressaorondonia.com.br, o grupo era integrado por uma mulher, seus dois irmãos, sua filha e seu genro. Até o momento, a polícia não conseguiu identificar nenhuma atividade lícita como função de nenhum dos mortos na chacina.

O grupo teria vindo de Ariquemes e Buritis e estaria homiziado em um barraco na mata, numa área de invasão e disputa por terras, mas que também se constituiu em esconderijo de fugitivos e outros bandidos perigosos. A presença de duas mulheres no grupo dava uma certa aparência de normalidade, de pessoas que estavam na região para conseguir um pedaço de terra. Se era disfarce, não funcionou.

Patrícia Krostrycki – Lorraine Krostrycki da Silva (filha de Patrícia) – Rafael Garcia de Oliveira (genro de Patrícia) – em desfavor de quem consta um mandado de prisão de nº 700601627.2022.8.22.0021.2 6.0005-20 aberto – Thiago Krostrycki (irmão de Patrícia) – Luan Krostrycki (irmão de Patrícia) são apontados como um grupo que vinha praticando roubos e furtos aos posseiros da região.

Um corpo ainda permanece sem identificação.

O que deveria chamar atenção em mais essa chacina na região de Mutum-Paraná é a passividade e a letargia com que os órgãos públicos agem em relação a uma área conflagrada, palco de muitos crimes. Tudo que o estado (Estado ou União) faz é mandar polícia para o local.

Só polícia nunca vai resolver o problema!

Não se vê uma única iniciativa dos órgãos de regularização fundiária – nem estadual, nem federal – para arregimentar técnicos, drones, imagens de satélites e mapas para montar uma operação policial e documental, regularizando as terras da região, definindo quem é dono do que e, finalmente, levar a paz àquele pedação de chão, já tão manchado pelo sangue, às vezes de heróis, às vezes de vilões, como é o caso presente.

Os cadáveres apresentavam múltiplas perfurações por arma de fogo, indicando execução premeditada, sendo a possível motivação dos crimes ainda desconhecida. As características das lesões e a disposição dos corpos sugerem uma ação coordenada de grupo organizado, reforçando a necessidade de aprofundamento das investigações para a identificação dos autores e das circunstâncias que levaram ao ocorrido.

No local, também foram encontradas duas motocicletas, sendo a primeira com chassi nº 9C2K00810MR022145, que apresentava sinais de remarcação, e a segunda com chassi nº 9C2KD0840MR002294, que, ao ser consultada no sistema, constava como veículo com restrição de roubo/furto.

A área foi isolada para garantir a integridade da perícia e possibilitar a coleta de vestígios que possam auxiliar na elucidação dos homicídios. A ocorrência foi encaminhada à Delegacia Especializada em Homicídios, que dará continuidade às investigações. Após a conclusão das diligências no local, as guarnições retornaram ao patrulhamento nas adjacências, com o objetivo de coibir eventuais ações criminosas na região.

Carlos Araújo, especial para o www.expressaorondonia.com.br

Fonte: www.expressaorondônia.com

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