RO, Quarta-feira, 23 de abril de 2025, às 8:26






Libertação conturbada de reféns em Gaza gera protesto de Benyamin Netanyahu

Nesta quinta-feira, 30 de janeiro de 2025, o grupo terrorista Hamas libertou oito reféns, incluindo três israelenses e cinco tailandeses, em meio a uma multidão em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Os reféns foram entregues à Cruz Vermelha e já estão em território israelense, onde foram levados a hospitais para avaliação médica, conforme informado pelo Exército de Israel.

Entre os reféns libertados estavam Arbel Yehud, de 29 anos, e o soldado israelense Agam Berger. A libertação ocorreu em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza. A soltura dos reféns faz parte de um acordo de cessar-fogo mediado por Estados Unidos, Catar e Egito, que entrou em vigor em 19 de janeiro, após mais de seis meses de negociações.

Os cinco tailandeses libertados foram identificados como Thenna Pongsak, Sathian Suwannakham, Sriaoun Watchara, Seathao Bannawat e Rumnao Surasak. Horas após a libertação dos reféns, Israel suspendeu “até nova ordem” a libertação de 110 prisioneiros palestinos que estava prevista para ocorrer na mesma data, segundo a agência AFP, citando uma rádio militar.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou a confusão durante a libertação dos reféns, classificando as cenas como “chocantes”. Ele expressou indignação com a forma como o Hamas e a Jihad Islâmica conduziram a entrega dos reféns e solicitou a intervenção de mediadores internacionais. A libertação foi adiada após militantes palestinos cercarem os prisioneiros israelenses enquanto eram entregues à Cruz Vermelha, com a multidão gritando slogans em apoio à ala militar do Hamas e levantando bandeiras pretas e amarelas associadas à Jihad Islâmica Palestina.

A libertação dos reféns é parte de um acordo mais amplo que prevê a soltura de 33 mulheres, crianças, idosos, doentes e feridos em uma primeira fase de seis semanas, com Israel libertando 30 prisioneiros para cada civil e 50 para cada soldado. Nos primeiros 42 dias do acordo de cessar-fogo, a previsão é que três a quatro reféns sejam soltos a cada semana.

A trégua também inclui a libertação de prisioneiros palestinos por Israel como contrapartida à soltura dos reféns pelo Hamas, conforme os termos acordados entre as partes durante o fim de semana e que integram o cessar-fogo na guerra na Faixa de Gaza firmado em 15 de janeiro.

A libertação dos reféns é um passo importante no processo de cessar-fogo, mas a situação continua tensa, com ambos os lados monitorando de perto o cumprimento dos termos acordados.


Coluna Social – Ponto E

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