RO, Sábado, 21 de junho de 2025, às 14:48







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TJ manda prender marido de promotora de Justiça e renova por mais um ano afastamento dela; estava ameaçando testemunhas

As provas até então produzidas revelaram que os investigados passaram a procurar testemunhas e codenunciados na Operação Alcance II para descobrir o conteúdo dos depoimentos prestados, apresentar versões combinadas e intimidá-los

OURO PRETO DO OESTE – A pedido do Ministério Público de Rondônia, o Tribunal de Justiça determinou esta semana a prisão do marido da promotora afastada Marlucia Chianca, cumprida nesta quinta-feira, durante a operação ‘impedimentum’, em Porto Velho e Ouro Preto do Oeste. Além disso, o MP pediu e obteve da Justiça a renovação do afastamento da promotora por mais um ano.

Ele e outros investigados são acusados, segundo constatou o Ministério Público, de estarem obstruindo a instrução processual e ameaçando testemunhas para combinar depoimentos.

O MP afastou a promotora devido à investigação que apura tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro oriundo do comércio ilícito de entorpecentes

“Com o Ministério Público de Rondônia não se brinca”, cita o jornalista Nilton Salina, em seu blog entrelinhas. E continua, acrescentando que o MP não hesitou em afastar um de seus membros, a promotora da Justiça Marlucia Chianca, quando foi deflagrada há alguns meses a ‘operação alcance 2’.

Agora, o marido da promotora foi preso na ‘operação impedimentum’, desencadeada nesta quinta-feira, 10, porque foi identificada atuação dos investigados para impedir e embaraçar a investigação criminal.

A operação desta quinta-feira, 10, comandada pelo Ministério Público de Rondônia (MPRO), a partir das ações da subprocuradoria-geral jurídica, com apoio do grupo de atuação especial de combate ao crime organizado (Gaeco) e da Polícia Civil (PCRO) em Porto Velho e Ouro Preto do Oeste, cumpriu um mandado de prisão preventiva contra o marido da promotora afastada e dois mandados de busca e apreensão, além das medidas cautelares alternativas à prisão: suspensão de porte de arma de fogo e proibição de contato com testemunhas e codenunciados.

fachada do edifício-sede do Ministério Público de Rondônia, em Porto Velho

A operação visa instruir investigação materializada em procedimento investigatório criminal (PIC) em curso na subprocuradoria-geral jurídica para apuração da suposta prática do crime previsto no art. 2º, § 1°, da Lei nº 12.850/2013, tendo em vista que se identificou a atuação dos investigados para impedir e embaraçar investigação criminal envolvendo a organização criminosa descoberta no âmbito da Operação Alcance II, deflagrada no dia 12 de abril deste ano (MPRO e PF deflagram “Operação Alcance 2”).

As provas até então produzidas revelaram que os investigados passaram a procurar testemunhas e codenunciados na Operação Alcance II para descobrir o conteúdo dos depoimentos prestados, apresentar versões combinadas e intimidá-los, além de ocultar e dilapidar patrimônio cuja indisponibilidade já havia sido decretada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia naquela investigação.

Além das medidas cumpridas nesta data, no último dia sete de outubro o Tribunal de Justiça de Rondônia prorrogou por mais um ano a medida cautelar de afastamento do cargo de Promotor de Justiça, ocupado por uma das denunciadas na Operação Alcance II.

O nome atribuído à operação é uma referência ao significado da palavra obstrução em latim (Impedimentum), conduta levada a efeito pelos investigados, que visavam obstruir a persecução penal em curso na ‘operação alcance 2’.

Fonte: Com informações da Gerência de Comunicação Integrada (GCI-MPRO)

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