PORTO VELHO – Em meios a tantos problemas que veem a superfície no período chamado por aqui de inverno amazônico – o suplício dos gestores -, mais um para azucrinar o juízo do prefeito Hildon Chaves: o matagal que toma conta do cemitério Santo Antônio, conferindo-lhe uma aparência de lugar abandonado. Um leitor deste www.expressaorondonia.com.br tentou visitar recentemente o túmulo de um ente querido e se assustou com a aparência do cemitério. “Mal dá para identificar os túmulos”, reclama o leitor.

Preocupado com a situação e, ao mesmo tempo, pensando em como ajudar a chamar a atenção para o problema, o internauta redigiu um texto, fez fotos e encaminhou para a nossa redação.

O texto traz anotações históricas sobre o ‘Tonhão”, como alguns chamam o cemitério Santo Antônio, mas, as fotos falam por si mesma.

Coberto por vegetações, o cemitério que foi construído no começo da década de 1970, para suprir a demanda dos sepultamento da cidade de Porto Velho. Assim, nela passou-se a sepultar os restos mortais dos entes queridos sepultados no cemitério ‘Cristo Redentor’, que ficava aonde hoje está assentado a vila da Eletronorte, na zona sul da capital.

Construído em 24 de janeiro de 1915, o campo santo Santo Antônio foi inaugurado três meses após a criação oficial do município, no dia 2 de outubro do ano anterior, pelo então superintendente (prefeito) municipal, Fernando Guapindaia de Souza Brejense. Neste cemitério de Santo Antônio, estão sepultados restos mortais de pessoas de vários países e de várias naturalidade, em consequência do ciclo da construção da Estrada de Ferro – lká no início do século passado – e do apogeu do garimpo de ouro, nas décadas de 1980 e 1990. Os restos mortais de milhares de garimpeiros – assim como de trabalhadores da EFMM –  estão sepultados em Santo Antônio, um macabro legado destas duas atividades.

Em sua tentativa frustrada de visitar o cemitério, o internauta encontrou-se com Maria Isalete Justino de Souza, uma a senhora que veio de Rio Branco, Acre, para visitar o túmulo de seu pai. Ela ficou impressionada com tamanho do descaso com os restos mortais de trabalhadores que deram vida por este município ou para esse Estado.

“Esse cemitério deveria permanecer limpo, para que o público em geral possa fazer visitas. Aqui está a história do povo pioneiro, cujo restos mortais estão sepultados nesse cemitério”. desabafa a visitante acreana.

www.expressaorondonia.com.br, com informações dos internautas

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