RO, Quarta-feira, 23 de abril de 2025, às 0:54






Carvalhos contam com Zero Um para tirar Marcos Rogério da disputa, assumir o PL e levar Mariana ao Senado, ao lado de Marcos Rocha

PORTO VELHO – O ritmo das ações do senador bolsonarista Marcos Rogério (PL) ainda não indica que ele está realmente empenhado em se viabilizar como candidato ao Governo do Estado. Por algum motivo, que nem os candirus do Madeira revelam, Marcos Rogério está claudicante em suas aparições para falar da pré-candidatura e não convencem os mais tarimbados na arte de ler as entrelinhas.

Presidente Jair Bolsonaro com o senador Marcos Rogério

Enquanto isso, o outro Marcos candidato, o Rocha, de evento em evento vai se colocando como candidato à reeleição e ganhando a dianteira do processo, enquanto seu ‘Rasputin’ chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, escudado por outro moon black da seara do novo aliado Hildon Chaves, vai costurando em Brasília para convencer o presidente a tirar o senador Rogério da disputa, lhe agasalhando em um ministério e com a promessa de continuar ministro, caso Bolsonaro, seja reeleito.

Marcos Rogério é senador até 2026.

A tibieza de Marcos Rogério tem levado os observadores políticos a criar vários cenários imaginários para acontecer nos próximos dias, quando se encerra a janela partidária para acomodação dos políticos com mandatos que desejam trocar de partido.

O raciocínio lógico de quem conhece e participa da política em Rondônia desde a primeira, em 1982, é o de que o presidente Bolsonaro não vai correr o risco de ver rachar sua base logo em um estado onde ele sempre mantém a dianteira nas pesquisas.

Por isso, no momento certo e depois de cumprir algumas missões – como a de dar a notícia ao empresário Jaime Bagattoli de que ele não seria aceito no PL, o partido de Bolsonaro -, Marcos Rogério deverá ser chamado ao gabinete principal do Palácio do Planalto ou no Palácio da Alvorada para ouvir a proposta de não se candidatar ao governo de Rondônia.

Bagattoli agora mendiga uma sigla para testar seu potencial eleitoral fora da aba bolsonarista.

As apostas na bolsa das eleições 2022 neste fim de semana indicam que a deputada federal Mariana Carvalho (PSDB) deverá migrar para o PL e ocupar o espaço de Marcos Rogério como principal liderança liberal em Rondônia.

Foi assim ‘comendo pelas beiras’ que os Carvalhos, tendo nos bastidores o grande mentor Aparício Carvalho, isolaram e aniquilaram a liderança do ex-senador Expedito Júnior.

Para a missão de isolar Marcos Rogério em Brasília, os Carvalhos contam com a lábia e a persuasão do senador Flávio Bolsonaro, o Zero Um do presidente Bolsonaro, com quem estreitaram relações a ponto de serem anfitriões dele em suas vindas ao estado.

Está em pleno andamento a operação para isolar o senador Marcos Rogério em um ministério ou a liderança do Governo no Senado, por exemplo.

Nas avaliações sobre a entrada ou não de Marcos Rogério na disputa ao Governo de Rondônia, o raciocínio é o de que como o senador tem mandato até 2026 é fácil para o presidente da República acomodá-lo em uma boa posição.

Já com o governador Marcos Rocha não há essas opções. Os dois são aliados de Bolsonaro.

Governador Marcos Rocha e seu principal articulador política, o secretário-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves

Acomodada no PL, Mariana estaria pronta para fazer o partido de Bolsonaro dar as mãos ao União Brasil de Marcos Rocha e, assim, evitar um racha na base de apoio ao presidente em um dos estados mais bolsonarista do Brasil.

Deputada federal Mariana Carvalho arma o bote para tomar a liderança do PL em Rondônia e ser candidata ao Senado na chapa governista

Mariana Carvalho surgiria então como candidata ao Senado, numa dobradinha com o candidato a reeleição coronel Marcos Rocha.

Vários políticos com quem a reportagem do expressaorondonia conversou neste fim de semana em Porto Velho e no interior concordam que o senador Marcos Rogério é um nome forte – em alguns casos muitos o citam como favorito na disputa pelo CPA – mas não o veem se posicionar com aquela convicção de quem estar mesmo decidido a entrar na disputa.

E caso o senador Marcos Rogério seja convencido a desistir da candidatura, qual será o destino de um de seus principais aliados, o ex-senador Expedito Júnior?

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