Vácuo no poder – O que impede o governador de nomear substituto de Júnior Gonçalves na Casa Civil?

PORTO VELHO – Uma das estratégias mais correntes na política é não deixar vácuo e, sempre que um assessor muito próximo do governante número um tem problemas é afastado e logo é nomeado outro. Para os mais versados na política, no Poder não há vácuo.

Assim, a demora do governador Marcos Rocha em nomear um substituto para o seu enrolado chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves – afastado do cargo por seis meses por determinação da Justiça, mas que o governador insiste em dizer que teve de se afastar por um breve período – dá margem a muitas especulações e interpretações.

Será que o coronel teme nomear um substituo para Júnior Gonçalves e este se sentia abandonado e comece a abrir o bico sobre assuntos que ainda não vieram à tona?

Mesmo considerando a presunção de inocência de seu principal secretário, não se pode ignorar que o agora afastado chefe da Casa Civil teve seu nome envolvido na operação policial que investiga a compra dos testes rápidos para covid-19. O mesmo dono da empresa que teria vendido os testes e que, segundo o que se diz nos bastidores seria uma espécie de representante de Júnior Gonçalves, se envolveu em outro negócio nebuloso e milionário com o Governo: alimentação aos recolhidos no sistema prisional, no valor de quase 6 milhões de reais e sem licitação.

Após denúncia veiculado neste expressaorondonia, o Ministério Público teria atuado no caso e o processo foi cancelado.

Relembre a notícia aqui:

Um dos mandados de prisão da PF é contra Patrick de Lima, da empresa que vendeu os testes; Fernando Máximo não foi alvo

Quatro dias depois da operação policial que afastou do cargo seu principal assessor, o governador Marcos Rocha ainda não decidiu quem será seu novo chefe da Casa Civil. Fala-se em vários nomes, alguns claramente apenas para embaralhar o meio de campo, mas não há algum indício concreto de quem será o escolhido pelo Governador para ocupar essa posição vital na administração estadual.

No momento, o nome mais cotado seria o do ‘coringa’ Elias Rezende, homem de absoluta confiança do governador que já comandou a secretaria estadual de Meio Ambiente e atualmente comando o decadente DER (Departamento de Estradas de Rodagem).

Na sexta-feira pela manhã, uma operação da Gaeco e do Ministério Público, resultou no afastamento, por 180 dias, do atual titular do cargo, Júnior Gonçalves. Há nomes de vários secretários atuais sendo citados, mas Rocha não comentou nada ou deixou transparecer sobre quem cairá sua preferência. O que a coluna pode apostar, imaginando que possa haver chances de se tornar realidade, é que a opção recaia sobre um importante assessor, parceiro de primeira hora, que assumiu missão importante no governo, recentemente e tem apresentado grandes resultados.

Afora isso, não há como se dizer mais nada, porque o assunto está sendo tratado, ainda, a porta muito bem fechada.

www.expressaorondonia, com informações do Opinião de Primeira