PORTO VELHO – “Ficou lindo!”. “Demorou mas chegou!”, assim foram algumas das exclamações dos moradores da Vila Dnit quando as luzes da ponte sobre o Rio Madeira foram acesas, na noite quinta-feira, fazendo a alegria das quase 200 famílias que residem naquele local, cuja casas foram construídas logo depois da enchente do rio em 2014 para abrigar os que moravam na zona alagada.
Para a presidente da Associação dos Moradores da Vila Dnit, Rosa Maria, “foi uma vitória da comunidade, uma briga que já durava há quase seis anos desde quando construíram a vila. Ficou bonito, e temos de agradecer aos que tornaram esse sonho realidade, porque com a ponte iluminada ganhamos muito em qualidade, mas é preciso que outras coisas sejam atendidas, algumas dependendo de pequenas providências”.
A líder comunitária disse que muitas vezes nesses seis anos morando na Vila e esperando a chegada da iluminação, tem conhecimento de vários assaltos, inclusive pessoas que ela disse conhecer e que foram vítimas, “pela escuridão e pela falta de policiamento”, o que é um problema muito sério. Mas ela também teme que, a exemplo do que já aconteceu com outros locais de Porto Velho, onde os ladrões levaram toda a fiação, que isso também aconteça com o material da ponte. “Vamos voltar a apelar para que a Secretaria de Segurança instale um ponto na Vila e que nos dê a proteção que precisamos”, frisou.
“Precisamos muito do apoio do Estado e da prefeitura, e à exemplo do que foi feito para conseguir a iluminação, vamos também em busca de outras reivindicações. Esperamos que agora venham mais rápido”, acrescentou.
Sílvia Alencar, que mora na Dnit desde quando as casas foram entregues disse, que já viu muita coisa ruim na travessia, às escuras, da ponte. “Tinha gente que ficava só para fazer mal. A gente só espera que agora não deixem que os ladrões façam como fizeram com a iluminação da BR-364 no sentido a Unir”, disse ela, lembrando que todas as luminárias foram roubadas e ninguém viu ou ouviu nada.
Samara Félix é outra “fundadora” da Vila. “Desde quando viemos para cá, há quase seis anos, que nós ouvimos muitas promessas de soluções, participamos de não sei quantas reuniões e a ponte continuava escura. Se vai melhorar? Puxa, só sabermos a iluminação vai embelezar melhor a vista nas proximidades da casa da gente já é uma beleza. Além disso – continuou Samara, vamos termais segurança e para quem estuda à noite ou tem de passar andando ali com certeza vai ser muito melhor”.
A moradora Maria da Conceição, residente próximo ao colégio, e comentava nesta sexta-feira que “agora é uma maravilha”, mas faz algumas ressalvas, inclusive com relação à iluminação. “Com a ponte iluminada com certeza motoqueiros e motoristas vão querer passar à noite mais rápido. E aí mora o perigo, porque com a ponte iluminada muita gente que mora aqui e sai do trabalho seis horas e vem a pé, vai correr o risco de um atropelamento. É preciso que a Polícia rodoviária mantenha uma fiscalização constante”, disse.
A referência à necessidade de atenção da PRF é em razão da ponte ser uma sequência da rodovia BR-319 e em sendo uma estrada federal cabe ao órgão fazer a fiscalização e atendimento a ocorrências. “Isso também vai inibir os ladrões que atuam na ponte e já fizeram muitas vítimas, porque com a escuridão eles agiam sem nem serem vistos. Mas se não tiver a PRF no local também não vai inibir”, disse Naiara Castro, que tem parentes morando na DNIT e disse já ter visto roubos muitas vezes.
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