RO, Sexta-feira, 19 de abril de 2024, às 3:42



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PONTA DO ABUNÃ – Governo de Rondônia diz que operação de reintegração de posse cessa crime ambiental em larga escala

PORTO VELHO – O Governo de Rondônia afirma que neste momento em que o mundo está voltado para discutir a proteção do meio ambiente na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), na Escócia, o estado realiza um marco na defesa ambiental, coam a “Operação Nova Mutum”, considerada a maior ação de reintegração de posse coletiva que se tem notícia no Brasil. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), a ação também representa um grande avanço para a paz no campo e para defesa do meio ambiente.

Seis fazendas foram totalmente desocupadas e foram aplicados R$ 5 milhões em multas ambientais.

Mais de 300 famílias foram retiradas durante a operação de enfrentamento a invasões de terras na região de Ponta do Abunã

‘‘Em um sobrevoo na região é possível observar os estragos ambientais, são áreas devastadas e queimadas, algo que não se pode calcular quanto tempo vai levar para a natureza se recuperar’’, pontuou o secretário da Sesdec, José Hélio Cysneiros Pachá, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (3).

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Mais de 300 famílias foram retiradas do local durante a operação de enfrentamento a invasões de terras na região de Ponta do Abunã. Essas famílias foram encaminhadas à equipe de Assistência Social e foram disponibilizados ônibus para os destinos que as cada uma desejava ou para casa de apoio.

Durante a coletiva desta quarta-feira, com o titular da Sesdec, coronel Pachá (d), e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Almeida (e), eles consideraram que a reintegração de posse na região de Ponta do Abunã devolve a esperança para que a fauna e flora local sejam tratadas com dignidade. As seis fazendas, onde houve a retirada de invasores, ocupam uma área de cerca de 70 mil hectares.

 

Segundo o balanço da operação apresentado pelo Governo, foram registradas 47 ocorrências e apreendidas armas, munições, fardamento, veículos, medicamentos e dinheiro, fruto da venda de lotes pelos líderes da invasão. Além disso, houve confronto com criminosos, que resultou em dois óbitos e três prisões em flagrante.

 

O secretário da Sesdec avaliou como exitoso o resultado da operação e pontuou que o sucesso dela teve início com a iniciativa do governador Marcos Rocha em apresentar ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Justiça, Anderson Torres, a necessidade de uma parceria para dar resposta à ação criminosa de devastação do meio ambiente, amedrontamento da população rural, prejuízo a patrimônios e assassinato de policiais por invasores de terras na região.

O comandante da Polícia Militar de Rondônia, coronel PM Alexandre Luís de Freitas Almeida, explicou que foi empregado na operação o efetivo de 400 policiais militares, mais o reforço da Força Nacional. ‘‘Essa é a maior reintegração coletiva que se tem notícia no Brasil, trazendo paz no campo para uma região onde grupos criminosos agiam com extrema violência, e cessa a prática de crime ambiental em larga escala’’.

Almeida pontuou ainda que as estratégias para o cerco na região foram precisamente planejadas e contou com quatro pontos de bloqueio, sobrevoo de três aeronaves e mais de 100 viaturas. Bombeiros militares, equipes da Assistência Social do Estado e municípios e ainda servidores da Defensoria Pública do Estado (DPE) apoiaram a ação.

A operação foi concluída no último dia 30, mas o patrulhamento na região continua para consolidação das reintegrações.

Fonte: Secom – Governo de Rondônia

Texto: Vanessa Moura

Fotos: Daniel Garcia e Rejane Júlia






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