RO, Quinta-feira, 28 de março de 2024, às 9:55



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E depois da máscara?

A pandemia da covid-19 trouxe a Portugal o uso obrigatório de máscara como forma de proteção contra o SARS CoV-2, quer se estivesse no espaço exterior ou interior, no trabalho, nas escolas, em áreas comerciais ou em instituições públicas.

O destaque é do Diário de Notícias. Segundo o jornal, a medida foi mesmo imposta pelo Decreto-lei n.º 10-A/2020, de 13 de março. Um ano e sete meses depois, mais precisamente desde o dia 1º de outubro, em Portugal, o uso de máscara deixou de ser obrigatório ao ar livre, e sempre que seja possível manter a distância, mas ainda se mantém em espaço fechados e com áreas superior a 400 metros quadrados, nas escolas, salas de espetáculos, cinemas, recintos de eventos, transportes, estabelecimentos e serviços de saúde.

Ao longo da pandemia, a máscara revelou ser uma das medidas mais protetoras contra o novo coronavírus, mas à medida que a vacinação avança, e Portugal atingiu este fim de semana 85% de população vacinada, o primeiro país do mundo a fazê-lo, é normal que a população, aos poucos, comece a retirá-la. E a partir daqui o que pode acontecer? A médica Elisa Pedro, presidente cessante da Sociedade Portuguesa de Imunoalergologia, diz que é muito simples: “Vamos voltar ao normal, com mais infeções respiratórias para a população em população em geral e mais sintomatologia para os doentes alérgicos”.

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Este era o quadro que existia antes da pandemia e é o que virá a seguir. Antes já se estimava que um terço da população sofria de doenças alérgicas e este número também não vai mudar. O que se verificou é que “a máscara funcionou como uma barreira protetora em relação ao vírus pandémico, mas também em relação à transmissão de infeções respiratórias, como a gripe e outras, para a população em geral. No inverno passado, tivemos muito menos gripe. Na primavera, os próprios doentes alérgicos tiveram menos sintomatologia do que costumavam ter habitualmente. Tivemos muito menos queixas de rinite, por exemplo”, argumenta a médica e diretora do Serviço de Imunoalergologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte. Embora, sublinha, “tenham mantido as queixas de conjuntivite, uma forma de alergia, e porque a máscara não lhes protegia os olhos, o que foi uma constatação interessante”. [Na edição de hoje, do Diário de Notícias.
MONTEZUMA CRUZ]






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